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Gerente ESG da Cooxupé

Renda próspera para cafeicultores globais

Divisão de sobras, apoio público-privado e investimento em pesquisas sobre boas práticas melhoram a vida dos produtores rurais pelo mundo

Entre os dias 9 e 12 de setembro, a Organização Internacional do Café (OIC) promoveu eventos em Londres, na Inglaterra, reunindo os setores público e privado com o intuito de discutir os novos regulamentos que vêm sendo desenvolvidos. Como, por exemplo, a EUDR (Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento da União Europeia). E, ainda, a CS3D (Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa). Além disso, a renda próspera para os cafeicultores globais e a economia circular foram assuntos discutidos nos encontros.

De antemão, a Cooxupé participou do 138º Conselho Internacional do Café (ICC) e do 6º Fórum dos CEOs e Líderes Globais. Neles, líderes globais do setor debateram os rumos da cafeicultura e sua importância para o desenvolvimento econômico e sustentável.

Renda próspera

Convidaram a cooperativa cafeeira para participar do painel sobre renda próspera. Antes de mais nada, consideram o Brasil um caso de sucesso no assunto. Por isso, destacamos três pontos-chaves. Sempre lembrando que desenvolvemos essas melhorias ao longo de anos, com apoio público-privado. Durante o painel, destacamos que cerca de 89% do valor pago pelo café exportado vai direto para o produtor.

Na Cooxupé, além do valor repassado da taxa FOB, temos a divisão de sobras no fim de cada ano. Ademais, com o apoio do setor público-privado, investimos em pesquisa com o objetivo de desenvolver melhores práticas de manejo.

Como, por exemplo, a seleção de cultivares mais produtivas e resilientes e utilização da poda. Além disso, tecnologia de aplicação de insumos agrícolas e outras boas práticas agrícolas.

Assistência técnica

Por outro lado, a assistência técnica é complementar à pesquisa, pois é a ponte entre o conhecimento gerado e o produtor no campo. A Cooxupé oferece assistência técnica gratuita aos seus cooperados e conta com o apoio das empresas de extensão rural. Entre elas, a Emater, Sebrae Educampo e Senar ATeG.

Por fim, durante o painel, destacamos o acesso ao crédito como Pronaf e Funcafé. E, ainda, o apoio da assistência técnica financeira oferecida pela empresa Vect.ag. Que desburocratiza o processo e auxilia o produtor a encontrar as melhores taxas de mercado para desenvolver a sua lavoura.

Encerramos nossa participação no evento levantando a questão de que a cafeicultura brasileira é composta, principalmente, por pequenos produtores. Dessa forma, eles precisam de apoio e reconhecimento, por parte dos países importadores, pelo trabalho que desenvolvem.