Cafeicultores registram recorde no poder de compra em 2024
Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa melhora é reflexo da valorização do café
O poder de compra de cafeicultores brasileiros frente aos insumos agrícolas, especialmente fertilizantes, atingiu o patamar mais alto da série histórica iniciada em 2008. A análise é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Na parcial de dezembro, produtores do Sul de Minas Gerais necessitam de apenas 1,59 saca de café arábica tipo 6 para adquirir uma tonelada de ureia. A princípio, marcando um cenário extremamente favorável.
Antes de mais nada, o levantamento da análise do Cepea foi divulgado pelo site Agrolink.
Poder de compra
Conforme o estudo, a melhora no poder de compra dos cafeicultores é reflexo da expressiva valorização do café ao longo de 2024. Entretanto, os preços elevados estão relacionados aos desafios produtivos enfrentados por grandes players como Brasil e Vietnã, que reduziram a oferta e pressionaram os estoques globais.
Contudo, mesmo com os preços em alta no mercado internacional, a demanda pelo café segue robusta. Aliás, impulsionada por consumidores em mercados tradicionais e emergentes. Primordialmente, esse cenário garante um equilíbrio favorável aos produtores, que têm aproveitado o aumento na rentabilidade para investir em insumos estratégicos.
Rentabilidade positiva
De antemão, o ano de 2024 trouxe uma rentabilidade favorável para os produtores, impulsionada por um custo de produção relativamente equilibrado. Para o engenheiro agrônomo André Moraes, da Fundação Procafé, a rentabilidade da cafeicultura tem sido uma das melhores nos últimos anos.
“Foi um dos biênios de maior rentabilidade na cafeicultura, pois o produtor tinha café e tinha preço. Nesse sentido, passamos por um biênio excelente; claro que cada fazenda tem suas particularidades, mas, de modo geral, o setor ganhou dinheiro”, comenta Moraes.
Resultado da análise
Portanto, a análise do Cepea destaca que o atual momento é uma oportunidade única para os cafeicultores fortalecerem suas operações. Sobretudo, com a aquisição de insumos a custos relativamente acessíveis, garantindo maior eficiência produtiva para os próximos ciclos.