Exportação de café brasileiro supera 39 mi de sacas

Exportação de café brasileiro supera 39 mi de sacas

Volume ficou praticamente estável no ano passado, em relação a 2022; para Cooxupé, preços estão atrativos

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Em primeiro lugar, o Brasil atingiu um novo recorde na exportação de café. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, 39,2 milhões de sacas do produto foram vendidas no ano passado. Desse modo, resultado praticamente igual (-0,4%) em relação aos 39,410 milhões de 2022. Em abril deste ano, foram 4,2 milhões de sacas, alta de 53% sobre igual mês do ano anterior.

Antes de mais nada, a notícia é do jornal A Tribuna de Santos.

Exportação de café

No primeiro quadrimestre deste ano, o café arábica apareceu como o mais exportado, com 12,469 milhões de sacas, o que corresponde a 76,77% do total. Além disso, o Porto de Santos segue como o principal exportador de cafés no País, com o embarque de 11,386 milhões de sacas. Bem como, o número representa 70,1 % do total.

Ainda de acordo com o Cecafé, o ranking dos principais compradores de café do Brasil é formado por Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão.

Análise de exportação

Segundo o superintendente comercial da Cooxupé, Luiz Fernando dos Reis, os preços atuais são atrativos para o cafeicultor e há investimento no tratamento e em tecnologias. Porém, não se observa grande incremento de área para aumento expressivo na produção.

“Neste mês de maio, houve algumas correções para baixo nos preços, mas as cotações ainda se sustentam em bons patamares. E, com o produtor mais capitalizado, as negociações acontece de forma pontual”, analisa.

Segundo ele, no mês passado, houve uma disputa nas cotações do café arábica, que atingiram bons níveis de preços. Tal qual se aproximando de US$ 250 por libra no primeiro vencimento (maio), onde os cafeicultores aproveitaram e participaram desse movimento na exportação do café. “Ele foi motivado por fortes compras de fundos, olhando e se protegendo da estrutura econômica mundial, problemas climáticos. E, consequentemente, a produção de café no Vietnã do tipo robusta”.

Desafios na produção

Reis acrescenta que o clima é sempre um desafio para a agricultura. O café não está fora disso. Porém, segundo ele, o incremento na produção de café dos outros países produtores e, por isso, o “peso” da produção brasileira é cada vez mais importante para atender o consumidor.

“As cotações de café nas bolsas são muito impactadas pelo mercado financeiro”, salienta.

Seminário discute estoques e demandas do mercado internacional

Por fim, de 21 a 23 de maio, acontecerá o XXIV Seminário Internacional do Café – Santos Brasil 2024, no Blue Med Convention Center. O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, tem presença confirmada. Antes de mais nada, ele mediará a palestra “O excedente atual é suficientemente grande para satisfazer as necessidades do mercado?”. Inclusive, junto com os CEOs Teddy Esteve (Diretor Geral ECOM Agroindustrial Corp), Trishul Mandana (Diretor Geral de Café – Volcafé). E, ainda, Ben Clarkson (Diretor Global da Plataforma de Café da Louis Dreyfus Company). Este encontro no seminário de café ocorrerá no dia 22 de maio, às 16h.

Além da palestra, a Cooxupé levará para o evento o seu Protocolo Gerações. Ou seja, apresentando à comunidade internacional os trabalhos realizados junto aos mais de 19 mil cooperados em relação à Agenda ESG. De antemão, a cooperativa também será a cafeteria oficial do Seminário, servindo ao público o café superior Prima Qualità.