Presença do Brasil na feira de café nos EUA pode gerar US$ 65 mi
País contou com um estande no Specialty Coffee Expo 2024, em Chicago (EUA), com exposições de cafés especiais de 15 Indicações Geográficas
Levantamento recém-realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) aponta que a participação do Brasil, na Specialty Coffee Expo 2024, pode gerar um total de US$ 65,1 milhões. Desse montante, US$ 9,425 milhões concretizados presencialmente e a projeção de mais US$ 55,681 milhões ao longo dos próximos 12 meses. Acima de tudo, a principal feira de café da América do Norte aconteceu em Chicago (EUA), nos dias 12 a 14 de abril.
Desse modo, a presença do país na exposição integra as ações do “Brazil. The Coffee Nation”, que a entidade realiza em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Antes de mais nada, a notícia foi divulgada pelo Notícias Agrícolas.
Indicações Geográficas
Primordialmente, esses valores foram obtidos através da participação de 36 empresários brasileiros na SCA Expo 2024, que realizaram 716 contatos comerciais, sendo 461 novos. O país contou com um estande no evento, onde foram realizadas oito sessões de degustação dos cafés especiais do Brasil.
Além disso, o espaço também teve um brew bar, que apresentou, através do método filtrado, os cafés especiais de 15 Indicações Geográficas. Indicações de Procedência da Alta Mogiana (SP), Café Conilon do Espírito Santo (ES), Campo das Vertentes (MG), Matas de Minas (MG), Norte Pioneiro do Paraná (PR), Oeste da Bahia (BA), Região de Garça (SP), Região de Pinhal (SP) e Região do Cerrado Mineiro (MG), entre outros.
Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, os Estados Unidos seguem como o principal mercado consumidor dos cafés especiais do Brasil. Em 2023, por exemplo, os norte-americanos importaram aproximadamente 1,5 milhão de sacas do produto, o que correspondeu a 21,2% do total desse tipo de café. Desde já, os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Feira de café
Ao mesmo tempo, neste ano, as compra dos EUA já somam cerca de 575 mil sacas do produto diferenciado brasileiro até março, fatia de 26,5% do todo.
“Os EUA são importantes formadores de opinião aos demais países. Além de ser o principal mercado consumidor de café do mundo e principal parceiro dos cafés especiais do Brasil. Daí a importância de permanecermos intensos nesse mercado e, cada vez mais, apresentar novidades a esse público”, explica.
O diretor executivo da BSCA aponta que a inclusão de 15 origens produtoras de cafés especiais, vem ao encontro das demandas no que tange a produtos que respeitem os critérios ESG.
“Nesse sentido, a inclusão das 15 IGs reforça a diversidade de perfis sensoriais, a sustentabilidade, a qualidade e a rastreabilidade dos cafés especiais brasileiros. Desse modo apresentando ao mundo um conjunto de atributos via conceito de origem controlada, agregando valor ao consumidor e valorizando o produtor brasileiro”, destaca.