Presidente do Sistema FAEMG fala sobre desafios e expectativas para o agronegócio mineiro
Antônio Pitangui de Salvo pretende fortalecer a Federação, o SENAR, o INAES e os sindicatos, no interior
A representatividade do Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) ajuda a dar força, voz e a promover a valorização dos produtores rurais mineiros. O Sistema FAEMG também é composto pela regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no estado (SENAR Minas); pelo Instituto Antonio Ernesto de Salvo (INAES); além de 386 sindicatos. E, no que depender do engenheiro agrônomo e presidente do Sistema FAEMG Antônio Pitangui de Salvo, eleito em agosto do ano passado para gestão pelos próximos quatro anos, o principal objetivo é fortalecer as ações no interior e motivar diálogo e troca de informações mais constante com os produtores rurais.
“O desafio é nos tornarmos uma Federação efetivamente mais participativa, entendendo e conhecendo a demanda dos nossos produtores. Assim, para que possamos, de forma mais clara, objetiva, com eficiência e efetividade resolver os problemas dos nossos sindicatos e, consequentemente, dos nossos produtores rurais. E a Diretoria está se preparando para isso”, afirma Salvo.
O presidente também reforçou sobre a importância e responsabilidade de estar à frente do Sistema FAEMG e comentou sobre os desafios no atual contexto pós-pandemia.
“Precisamos avançar e o momento exige agilidade, diálogo e legitimidade nas nossas ações. Além do orgulho de representar os produtores mineiros, vamos conhecê-los melhor para saber quais são os pleitos, para avançarmos tanto institucionalmente quanto na prática”, completa.
Setor
As cooperativas têm papel fundamental no fortalecimento de todos os elos do setor e ajudam a constituir a base representativa dos produtores rurais. Segundo Antônio Pitangui de Salvo, a parceria entre o Sistema FAEMG e cooperativas é fundamental. Um bom exemplo é a parceria com a Cooxupé.
“A Cooxupé é a maior cooperativa do setor e temos um enorme prazer em ter conhecido o presidente, Carlos Augusto Rodrigues de Melo. Precisamos de mais parcerias com os elos do setor. Nós, do setor produtivo, especificamente do café, queremos conversar com as cooperativas. Principalmente com a Cooxupé, que é referência no Brasil e está capilarizada em várias regiões. Este trabalho em parceriaé muito importante pois, juntos, poderemos fazer mais pela cafeicultura brasileira, a começar pela difusão de conhecimento e capacitação”, diz.
Sustentável
A preocupação com o meio ambiente, em reduzir impactos e otimizar o tempo no campo já é uma realidade entre produtores rurais. Que encontram na tecnologia a solução para muitos desafios.
Para o presidente, sustentabilidade é um tema importante e cada vez mais necessário. Uma pauta presente nos direcionamentos do Sistema FAEMG.
“Vale destacar que o produtor rural é sustentável na sua essência. Hoje, não é só o consumidor mineiro que quer a sustentabilidade, mas o mundo inteiro. Dependemos de solo fértil, de plantas férteis, de água de boa qualidade e de um melhoramento contínuo das nossas atividades, para continuar produzindo. Vale lembrar que produzimos uma safra e esperamos, readubamos e conduzimos para a próxima safra. Renovamos a cada ano, trazendo um produto de qualidade e, mais do que nunca, com alto grau de sustentabilidade dentro das propriedades”, conta.
Sindicatos
Sobre o papel dos sindicatos, o presidente reforça o quanto eles constituem a base representativa do sistema patronal rural em cada município. Isso porque identificam problemas do setor e propõem encaminhamentos. Um dos pontos que destacou, quando assumiu a Presidência, foi justamente o trabalho com o intuito de engajamento e inovação dos sindicatos.
“Estamos trazendo os sindicatos para conhecerem a entidade. Com o Projeto Redescobrir, estamos convocando os presidentes para que conheçam a nossa casa e saibam as potencialidades do Sistema FAEMG, que muitos não conhecem. Em um segundo momento, que está em andamento, estamos fazendo uma pesquisa de clima organizacional para conhecer melhor cada um dos nossos 386 sindicatos para, assim, entendermos como está a situação de cada um e identificarmos as dores, para tratar de maneira correta e mais assertiva”, relata.
Antônio Pitangui de Salvo é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), pecuarista de gado de corte e leite, com foco em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Tem uma vasta experiência voltada para a agropecuária.