Benefícios do café para prevenção da doença de Parkinson
Cafeína, em combinação com outros componentes do café, pode proteger as células cerebrais que produzem dopamina
O consumo frequente e moderado de café pode exercer um efeito protetor contra o Parkinson de acordo com vários estudos científicos. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer. É o que mostra a reportagem de Alba Hernández, publicada no portal La Opinión.
Os reais motivos que provocam o Parkinson ainda não são claros para os pesquisadores, mas acredita-se que a doença surja de interações complexas entre fatores genéticos e ambientais.
Estudos têm sido feitos sobre a associação de diferentes alimentos que podem aumentar o risco da doença. Mas, outros podem diminuí-lo, entre eles está o café.
De acordo com a notícia, a cafeína melhora a sinalização da dopamina no cérebro. A morte das células produtoras de dopamina é o que resulta nos sintomas de movimento de Parkinson.
25% menos risco de desenvolver Parkinson
A Harvard School of Public Health publicou uma revisão sistemática de 26 estudos. Esta revisão aponta risco 25% menor de desenvolver Parkinson com uma maior ingestão de café com cafeína. No entanto, também foi encontrada uma redução de 24% no risco com cada aumento de 300 mg na ingestão de cafeína.
A Fundação de Parkinson compartilha que outros estudos também revelaram que a cafeína não age sozinha. Mas, os efeitos protetores seriam significativamente melhores em combinação com outros componentes do café.
Assim, a cafeína e o ácido graxo chamado Eicosanoil-5-hidroxitriptamida (EHT) no café funcionariam melhor juntos.
Outro estudo em que roedores com doença de Parkinson tratados com esta combinação tinham melhor integridade e função neuronal, entre outros benefícios. Além disso, demonstraram retardar a progressão da neurodegeneração associada ao Parkinson em camundongos.
Os polifenóis encontrados naturalmente no café também podem atuar como antioxidantes para reduzir o dano oxidativo e a inflamação das células.