Café solúvel: Brasil exporta 2,96 mi e consumo soma 823 mil sacas

Café solúvel: Brasil exporta 2,96 mi e consumo soma 823 mil sacas

Volumes representam crescimentos de 6,8% nos embarques e 2,4% no mercado interno entre janeiro e setembro

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De janeiro a setembro, o Brasil exportou 2,962 milhões de sacas de 60 kg de café solúvel. De acordo com dados atualizados pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), as exportações do produto implicam crescimento de 6,8% na comparação com o mesmo período de 2023. A princípio, no ano passado, o país exportou 2,774 milhões nos nove meses do ano. Sobretudo, a receita cambial obtida com os embarques totaliza US$ 657,4 milhões, subindo 23,2% no mesmo intervalo comparativo.

Café solúvel

Para o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima, esse desempenho positivo “indica que o solúvel poderá bater recorde de divisas para o país no ano de 2024”. E, se dá em função dos contínuos investimentos em qualidade e inovações tecnológicas realizados pelas indústrias instaladas no Brasil. Além disso, filiadas à Abics, as indústrias respeitam às mais exigentes demandas de governança socioambiental e sustentabilidade.

“Condizente com os chamados critérios ESG, o café solúvel do Brasil está preparado para ampliar sua representatividade em novos, emergentes e tradicionais mercados do produto. Nesse sentido, se a logística não for impactada por atrasos de embarques no país e/ou pelos conflitos geopolíticos no Leste Europeu e no Oriente Médio, teremos um desempenho, em volume, maior do que no ano anterior. E, provavelmente, um desempenho histórico em receita obtida com as exportações de solúvel neste ano”, estima.

Principais destinos

Aliás, os Estados Unidos lideram o ranking dos principais destinos dos cafés solúveis do Brasil até setembro de 2024. Apesar de uma queda de 12,9%, o país fez aquisição de 517.111 sacas. Na sequência, ressurge a Rússia na segunda posição, com a compra de 194.522 sacas no intervalo e expressivo incremento de 274,7% frente a 2023.

Entre os principais importadores, o diretor de Relações Institucionais da Abics destaca o desempenho para nações concorrentes, como a Indonésia e o México. Ao passo que, são países que produzem café e também industrializam o solúvel.

Por exemplo, os indonésios importaram 166.813 sacas, apresentando crescimento de 18,7% no comparativo anual. O país ocupa a terceira colocação no ranking. Já os mexicanos, segundo maiores produtores mundiais de solúvel, chegam ao oitavo lugar na tabela ao ampliarem em 195% a compra do produto brasileiro. Até o momento, o México totaliza 121.927 sacas.

Desempenho positivo

Ademais, Lima também ressalta a performance das remessas para o Vietnã, que apresentou um acréscimo de 188,1% nas importações. Sobretudo, saltando para a 12ª colocação no ranking dos principais importadores dos cafés solúveis do Brasil.

“Os desempenhos positivos no acumulado de 2024, em volume e receita, assim como o avanço em outras nações produtoras de café e industrializadoras de solúvel, reforçam a qualidade e o respeito aos critérios socioambientais do produto brasileiro, que atendem aos mais diversos e exigentes mercados”, comenta o diretor da Abics.

Consumo interno

De janeiro ao fim de setembro deste ano, o Brasil consumiu o equivalente a 823.033 sacas de café solúvel. O que representa uma alta de 2,4% em relação às 803.795 sacas absorvidas pelo mercado nacional nos mesmos nove meses de 2023.

“Esse resultado foi alcançado pelo substancial impulso de 98,2% do solúvel tipo freeze dried (liofilizado). Uma vez que o spray dried, que representa o maior volume (88% do total), suprimiu a moderada queda de 3,5%. Por outro lado, os cafés solúveis importados, que respondem por apenas 2% do geral, tiveram crescimento de 6,9% no período”, conclui o diretor da Abics.

Por fim, a íntegra do Relatório do Café Solúvel do Brasil, referente os meses de janeiro a setembro de 2024, está disponível no site da Abics.