O que tem no café?

O que tem no café?

Bebida símbolo do país reúne, além da cafeína, substâncias como óleos essenciais e minerais

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Talvez a pergunta “Vai um cafezinho aí?” seja uma das mais corriqueiras no dia a dia da população. Mas, antes de tudo, você já parou para pensar o que compõe a bebida mais conhecida do Brasil?

O café, em suma, é um fruto que reúne uma série de elementos químicos e orgânicos. Muitos deles considerados funcionais para o organismo, como a cafeína, que ajuda no metabolismo. Mas, de antemão, tem muito mais em uma xícara, então pega um café, que vamos te explicar!

O que tem no café?

Em primeiro lugar, o café possui uma constituição química extensa. Formada por elementos como os alcalóides (como a cafeína, por exemplo), os ácidos graxos e orgânicos.

Além disso, possui flavonóides, salicilatos (salicilato de metila), EDTA, ácido benzoico, derivados nicotínicos (trigonelina), óleos essenciais, vitaminas (nicotinamida, ácido ascórbico, tiamina, riboflavina e caroteno) e, por fim, os minerais (cálcio, fósforo e ferro).

Talvez os nomes não sejam, assim, tão familiares. Mas, essa combinação de substâncias se reflete em grandes benefícios, que se traduzem em uma bebida cheia de qualidades.

Nesse sentido, o café é considerado estimulante, diurético, depurativa do sangue, antiasmático, antigripal, antidiarreico, antirreumático. Além de ter efeito protetor contra as vertigens, as cefaleias e até em relação a tumores, como o de fígado e próstata.

Diferentes tipos de Cafés

Na produção do café solúvel usa-se o café robusta. Pois, este reserva características próprias e diferenciadas, como sabor, acidez e maior quantidade de sólidos solúveis, que influenciam, todavia, em uma bebida com menos cafeína.

Contudo, o descafeinado passa por um processo no qual ocorre a quase totalidade de retirada da cafeína, restando apenas 3 a 4% da substância na composição do produto.

Processo oposto ocorre ao café do tipo aromatizado que, frequentemente, é incrementado com especiarias, como canela e cardamomo ou outros elementos, como chocolate, damasco e amêndoas.

Já no caso dos orgânicos, como via de regra, a lavoura é cultivada sem defensivos. E, por último, o café gourmet é produzido mantendo todas as características da bebida, com especial atenção à torra e finalização do produto pensada, especialmente, para paladares mais exigentes.

Outros fatores

Pesquisas desenvolvidas com amostras de café revelam que fatores como o perfil químico do solo, condições climáticas e os processos pós-colheita influenciam, constantemente, nas propriedades químicas do café que impactam, finalmente, em uma bebida superior.

Os estudos estão sendo realizados pelo grupo de pesquisa Coffee Design, formado por professores e estudantes de três instituições de ensino federal, dentre elas a Universidade Federal do Espírito Santo. O objetivo, em síntese, é atender aos produtores, alavancando toda a cadeia produtiva.

O mestrando em química, Marcos Lyrio, compreende que é preciso mais conhecimento a respeito do café. “A maioria das pessoas só conhece aquele café comum de supermercado, torra escura, e desconhece outros tipos. Então vale destacar como o café, atualmente, está deixando de ser visto apenas como uma commodity para se tornar um produto alimentar de valor agregado”, acrescenta Lyrio.


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