Yara lança plataforma digital para sustentabilidade na produção do café View farm with coffee plantation in Brazil

Yara lança plataforma digital para sustentabilidade na produção do café

Solução tecnológica Champer reúne informações do campo que permitem o acompanhamento de indicadores de produção e das práticas regenerativas

3 minutos de leitura

A Yara lançou simultaneamente no Brasil e na Colômbia a plataforma Champer. Antes de mais nada, ela reúne, em uma plataforma digital para sustentabilidade, informações capturadas nas lavouras e faz o cruzamento entre elas. Nesse sentido, o programa entrega inteligência de dados para a indústria de alimentos relacionada à produtividade, rentabilidade e desenvolvimento sustentável da produção no campo.

A princípio, nesta fase inicial, Champer tem atuação voltada à cultura cafeeira. Aliás, o aplicativo oferece visibilidade sobre o desempenho dos cafezais para torrefadoras e toda a indústria. No entanto, baseada em dados de campo e análise de solo, a solução oferece uma base sólida e precisa para a implementação e acompanhamento de práticas regenerativas.

Primeiramente, a notícia foi divulgada pela Revista Cultivar.

Plataforma digital para sustentabilidade

Na prática, em meio a um conjunto de possibilidades, Champer funciona em três eixos. Primeiramente, aplicativo para captura de dados no campo. Como também, painel personalizado conforme os indicadores de sustentabilidade e produção da solução digital. E, por fim, insights qualitativos a partir das informações levantadas.

“A plataforma está destinada à cadeia de valor e à indústria do alimento no geral, cujos compromissos ambientais de descarbonização, produção, saúde do solo e prosperidade do produtor já estão incorporados às estratégias de negócio”, explica João Moraes, diretor de Novos Negócios da Yara.

No cenário do café, por exemplo, cabe à torrefadora definir os parâmetros de interesse e fazer a captura dos dados junto ao agricultor. Em seguida, uma vez inseridos no Champer, os dados permitem a identificação de gargalos produtivos e ambientais. Além disso, contribui para melhoria contínua e mensuração da evolução do nível de produção da fazenda em diferentes quesitos.

Adesão do Champer

No Brasil, a plataforma já conta com a adesão de um dos mais importantes players da indústria do café, a illycaffè. Junto à Yara, mantém lavouras demonstrativas em nove fazendas de Minas Gerais direcionadas às práticas de agricultura regenerativa.

Contudo, o estudo, iniciado na safra 2022/2023, combina a aplicação do programa nutricional da Yara, NossoCafé, composto orgânico e plantas de cobertura. Nesse sentido, as informações geradas a partir dessas demonstrações são reunidas no Champer. E, assim, são avaliados os indicadores previamente estabelecidos como índices de produtividade, qualidade de solo, eficiência de uso de nitrogênio e pegada de carbono.

“Além do Champer ser uma plataforma que nos dá visibilidade das práticas agrícolas e índices de sustentabilidade, aplica-se como uma ótima ferramenta para engajar os agricultores na adoção das melhores práticas”, diz Luca Turello, Head de Agronomia da illycaffè. “E esse olhar para a sustentabilidade tem ainda maior valor para a nova geração, ou seja, colaborando também para a sucessão no campo”. 

Diferenciais do aplicativo

No entanto, o cálculo da pegada de carbono é um dos diferenciais da plataforma. “Mesmo que a indústria tenha compromissos com a descarbonização, o que se observa é que ainda são escassas as fórmulas para, de fato, saber o nível real de emissões. A plataforma que estamos lançando consegue fazer esse cálculo por meio de dados reais fornecidos por traders e torrefadoras. O conhecimento gerado é extremamente valioso para a indústria e, consequentemente, para o produtor”, destaca Moraes.

Definitivamente, essa nova solução faz parte do projeto de digitalização da Yara. Desse modo, a plataforma tem o objetivo de escalar a oferta de alimentos sustentáveis para a sociedade através de uma cadeia de alimentos mais próxima do produtor.

“Cada vez mais buscamos por insumos que ofereçam os principais nutrientes para as plantas e que tenham baixa emissão de gases de efeito estufa. Para, dessa forma, colaborarmos para o desenvolvimento de uma agricultura que não apenas protege o meio ambiente, mas que também devolve ao solo suas características naturais”, finaliza Moraes.