“Queremos ofertar um café com cada vez mais qualidade aos consumidores”, afirma ABIC

Desde o início do ano está em vigor no Brasil o novo padrão de comercialização do café torrado que, dentre outras coisas, pretende elevar a transparência e estabelecer exigências mínimas para a venda.

Por meio da Portaria 570/2022, elaborada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, ficam definidos controles de qualidade, condições higiênico-sanitárias e a identidade dos produtos oferecidos aos consumidores.

Essa portaria dá o prazo de 18 meses para as marcas se adaptarem. Assim, a partir de 01 de julho de 2024 as embalagens e a marcação ou rotulagem dos produtos deverão estar em conformidade com essas disposições.

Desse modo, o tema está em destaque na Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC), como forma de orientar o consumidor sobre essas novas regras.

Mais qualidade

Durante a coletiva da ABIC, que avaliou o perfil da indústria e reuniu os dados de consumo interno em 2022, o presidente da entidade ressaltou que a crescente melhora dos produtos está diretamente ligada ao maior consumo interno.

“A ABIC dá um novo salto buscando elevar essa regra com a fusão dos dois selos, de qualidade e o de pureza, visando justamente otimizar a direção dos nossos associados rumo à maior qualidade”, afirma Pavel Cardoso.

Certificação

Pavel acrescenta que, dessa forma, entra-se em um novo patamar. Pois, cafés que não conseguirem atingir um critério mínimo terão que ter essa especificação em suas embalagens.

“Devemos nos orgulhar dessa melhoria e categorização dos cafés, pois nosso setor está devidamente maduro. E a ABIC não vai certificar cafés abaixo de 4.5. Quem estiver abaixo dessa nota sensorial deverá, obrigatoriamente, rotular nas suas embalagens que está comercializando cafés fora do tipo. É de bom tom que uma entidade que busca um café de boa qualidade não permita a certificação de um produto que está andando no fio da navalha”, enfatiza.

O que é café 4.5?

A ABIC trabalha com uma tabela de classificação do café torrado. Sendo estabelecida, pois, uma escala de 0 a 10. Esta classificação, que é única no mundo, auxilia o consumidor a decidir a qualidade do café que deseja ao adquirir.

Nesse contexto, cafés categorizados abaixo de 4.5 são considerados péssimos, muito ruins ou ruins, não sendo recomendados para consumo pela instituição.

E produtos que estiverem abaixo dessa pontuação deverão ter na embalagem a identificação “Fora de Tipo”, conforme a Portaria 570. Entretanto, também não receberão o selo de pureza e qualidade da ABIC. Assim, o poder de escolha caberá unicamente ao consumidor, como defende a entidade.