Selos ajudam a identificar cafés de qualidade. Mas, você sabe quais são as diferenças?

Selos ajudam a identificar cafés de qualidade. Mas, você sabe quais são as diferenças?

Entenda como é a classificação, que vai muito além da qualidade e preço do produto

2 minutos de leitura

A bebida mais consumida do Brasil depois da água está sempre em evidência. Assim, é possível identificar cafés de qualidade, garantindo maior segurança ao consumidor final.

Essas classificações, entre outras coisas, avaliam a pureza e a demais condições do produto para que esteja dentro do padrão exigido pelo Ministério da Agricultura, como explica o portal G1.

Cafés de qualidade

O podcast “De onde vem o que eu como”, do G1, antes de tudo, explica a diferença entre o café convencional e o especial.

O café especial passa por uma avaliação mais criteriosa. A colheita conta, apenas, com grãos maduros e de boa procedência. E mais adiante esse café terá uma torra rigorosa que, antes de tudo, irá preservar a doçura, aroma e sabor.

Já os tradicionais e extrafortes, como conhecemos, acabam misturando diferentes variedades de café. Sendo que a torra, inclusive, resulta em grãos mais escuros e com sabor mais forte.

Selos de qualidade

Para conseguir os selos de pureza e qualidade da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a empresa fabricante precisa cumprir as seguintes etapas:

  • Preencher uma ficha técnica sobre o produto, com a categoria buscada (de tradicional a gourmet);
  • Enviar uma amostra para análise sensorial;
  • Posteriormente, o selo é concedido.

Contudo, a marca passa por uma avaliação das instalações e das condições de trabalho, aproximadamente, um ano após a certificação. A visita é feita por uma empresa certificadora. E pode ser presencial ou remota.

O G1 lembra que as certificações da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) exigem o envio de uma amostra de dois quilos do produto. E, obrigatoriamente, ela passa pela avaliação de provadores habilitados.

Na sequência, é feita a análise do tipo, cor, aspecto, peneira e torra do café.

No entanto, se o produto for reprovado em qualquer um dos critérios, a amostra não avança à etapa seguinte, que avaliaria aspectos da bebida como doçura, sabor e acidez.

Mas, caso passe adiante, com aprovação em todas as fases, o selo é concedido.

Depois da certificação, o G1 reforça que as marcas passam por auditorias que analisam as amostras do produto, sem aviso prévio.

Nova regulamentação

Desde 1º de janeiro de 2023 está em vigor uma nova portaria: a 570, do Ministério da Agricultura.

Ela estabelece, de antemão, o padrão oficial de classificação do café torrado.

E assegura, enfim, a atuação de órgãos de defesa do consumidor contra fraudes nos produtos.

A ABIC avalia que a portaria traz mudanças importantes para o consumidor. Já que determina, a princípio, que os rótulos ofereçam mais informações. Dentre as quais:

  • As espécies de café usadas;
  • O ponto de torra;
  • E a informação “fora de tipo” para as bebidas que não atingirem o padrão mínimo de qualidade.

Por outro lado, os cafés fraudados ou considerados impuros serão desclassificados. Dessa forma, eles não poderão ser vendidos e nem fornecidos para consumo.