Café brasileiro é exemplo de sustentabilidade para o mundo
País aumentou a produção enquanto reduziu seu parque cafeeiro, quadruplicando a produtividade das lavouras
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e inovação conduziram a cafeicultura brasileira para o topo do ranking da sustentabilidade mundial. Nas últimas duas décadas, o país saltou de uma produtividade de oito sacas para 32 sacas por hectare.
Em matéria publicada na Folha Rural, o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, destaca que esse avanço ocorreu em razão das pesquisas e técnicas de inovação.
“Isso foi possível graças aos incentivos à pesquisa e à aplicação dos resultados em campo. Em 1997, o Brasil produziu 18,9 milhões de sacas em uma área de 2,4 milhões de hectares. Em 2020, produzimos cerca de 60 milhões de sacas em um parque cafeeiro de 1,885 milhão de hectares”, afirma Brasileiro.
Em um contexto em que os consumidores mundiais cada vez mais demandam a produção em observância aos aspectos ambiental e social, a preservação do meio ambiente onde a cafeicultura está instalada vem ao encontro dessa ânsia de consumo.
O presidente do CNC destaca ainda que a atividade cafeeira no Brasil gera 8,4 milhões de empregos ao ano, representando um importante papel social.
“Nesse cenário de pandemia da Covid-19, muitas pessoas perderam seus empregos. E, como cafeicultor e liderança setorial, muito me orgulha ver que a colheita do café possibilitou a recolocação desses cidadãos, que puderam levar comida às mesas de suas famílias, manter a dignidade e, ainda, fomentar os comércios locais”, comenta Brasileiro.
De acordo com o presidente do CNC, esse “push” na geração de empregos na época da colheita foi possível em função dos materiais de combate e prevenção ao novo coronavírus elaborada pelas entidades do setor.
“Em parceria com a Emater-MG, lançamos a cartilha ‘Orientações sobre prevenção ao coronavírus durante a colheita do café’, que trouxe recomendações para prevenção e evitar a propagação da Covid-19, permitindo o desenvolvimento dos trabalhos de cata sem impactar a saúde dos envolvidos”, pontua Brasileiro.