Pesquisa revela o consumo de café no Brasil nos períodos pré, durante e pós pandemia

Pesquisa revela o consumo de café no Brasil nos períodos pré, durante e pós pandemia

Os resultados do estudo foram disponibilizados para a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC)

3 minutos de leitura

Faça chuva ou faça sol, o brasileiro aprecia um bom café. Assim, de olho no perfil consumidor, o Instituto Agronômico (IAC-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgaram a pesquisa a “Evolução dos Hábitos e Preferências dos Consumidores de Café no Brasil”, entre 2019 e 2023. Dessa forma, nas três avaliações realizadas nos anos de 2019, 2021 e 2023, constataram que o consumidor tem uma relação afetiva com o produto. E, ainda, que a experiência de beber café faz parte de um ritual diário e emocional, concebido como um dos prazeres da vida. Ou seja, o estudo revela o consumo de café no país nos períodos pré, durante e pós-pandemia.

Consumo de café

Antes de mais nada, a pesquisa apontou que 97% dos entrevistados disseram beber café ao acordar. E, para 61%, a bebida colabora para a melhora do humor e a disposição.

Ao todo, entrevistaram 4.200 pessoas, sendo 1.890 homens e 2.310 mulheres. Ademais, aplicaram o estudo em todas as regiões brasileiras, em diferentes faixas etárias e classes sociais. Primeiramente, o nível de confiança do trabalho é de 99% e margem de erro de 2%.

“Os resultados foram finalizados em outubro de 2023 e a pesquisa criou um panorama sobre o padrão de consumo antes, durante e pós pandemia”, afirma o pesquisador do Instituto Agronômico, Sérgio Parreiras Pereira.

Melhorias

Acima de tudo, o estudo tem o objetivo de buscar informações que sejam úteis. E proporcionar melhorias não só aos envolvidos diretamente à cadeia produtiva. Mas, também, aos consumidores de café de todo o Brasil.

Pereira informa que, entre as metas da pesquisa, está o conhecimento das percepções, opiniões, preferências e objeções dos consumidores em relação ao consumo do café. Além de descobrir como e quando a bebida está presente no dia a dia dos consumidores. E, por fim, identificar as mudanças nos hábitos de compra e de consumo nos últimos anos.

Consumo

O trabalho apontou que, atualmente, 29% dos entrevistados bebem mais de seis xícaras de café por dia. Enquanto 46% apontaram que consomem de três a cinco xícaras diárias.

Outra constatação foi em relação aos entrevistados que afirmam não consumir café. “Em 2019, esse percentual foi de 8%. Enquanto em 2021 e 2023, essa taxa foi de 3%. Ou seja, houve uma estabilização”, afirma Pereira.

Locais

De antemão, outra mudança que a pesquisa revelou foi que o trabalho voltou a ser o local de maior consumo de café. Em segundo lugar foi nas residências, em terceiro nas cafeterias. E, em quarto, em casas de amigos e parentes.

Em outras palavras, em 2021, o primeiro lugar de maior consumo era em casa, em função da pandemia. E, ainda, a frequência de consumo em cafeterias caiu de 48% para 9%. Nessa última edição do estudo, houve um aumento para 51%. Portanto, os entrevistados voltaram a consumir café em lojas especializadas.

Escolha de compra

Em suma, quanto aos critérios de escolha relacionados às compras, chamam a atenção a variação dos dados registrados na pesquisa de 2019 e 2023. Este ano, pois, 16% afirmaram comprar o café mais barato. Já em 2021, o índice foi de 21%.

No grupo que afirmou comprar dentre as marcas de preferência aquelas de menor preço, o índice passou de 39%, em 2021, para 43%, em 2023.

Em conclusão, Pereira destaca a importância desse tipo de pesquisa para o sistema agroindustrial dos cafés do Brasil.

“Existem poucos estudos que apresentem uma grande amostragem da população, com esse nível de confiança e margem de erro. E que este serve para elucidar muitas questões relacionadas aos impactos da Covid-19 no consumo de café no Brasil”, diz.


Tags: