Rota do Café, em Santos, pode ser transformada em patrimônio mundial

Rota do Café, em Santos, pode ser transformada em patrimônio mundial

Para o superintendente do Iphan, Danilo Nunes, o roteiro histórico da cidade paulista está em um patamar além do nacional

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Patrimônios culturais são importantes por contarem a história do País. Entretanto, para o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Danilo Nunes, alguns valem muito para a história e têm dimensão superior à nacional. É o caso, segundo ele, da Rota do Café, em Santos (SP). “Deveria ser, e eu lutarei para que seja, patrimônio mundial”, afirma.

De acordo com ele, o ciclo do café foi um dos maiores do País. “É uma vontade minha para esta gestão, e estou articulando com Brasília para isso”, ressalta. Em primeiro lugar, a informação é do Portal A Tribuna, de Santos.

Rota do Café

Antes de mais nada, a Rota do Café é todo o percurso histórico do produto no Brasil, o que inclui sua ligação com a cultura de Santos. Ela abrange, por exemplo, a construção da primeira ferrovia na cidade do litoral paulista e a movimentação recorde de cargas no Porto. Passando, assim, pela arquitetura, pelos negócios da praça cafeeira e o consumo da bebida como parte da identidade santista.

Ademais, a valorização e a preservação de patrimônios culturais brasileiros, tanto materiais quanto imateriais, são responsabilidade do Iphan, uma autarquia federal.

Juntamente com o Bordallo, grupo de produções culturais da cidade, foi proposto e iniciado no no Museu do Café o projeto Educação Patrimonial em Ação. Que tem como objetivo propagar a importância histórica e cultural desses marcos históricos com atividades lúdicas, como música e teatro.

Nesse sentido, vão realizar o projeto em outras regiões do estado de São Paulo, como Vale do Paraíba, Vale do Ribeira e na capital.

Edificações e ciclos

Além disso, a Prefeitura de Santos criou a “Rota do Café – o Ouro Verde de Santos”. Acima de tudo, é um roteiro que reúne vias e edificações fundamentais para o comércio cafeeiro na cidade e inclui os ciclos históricos aos quais está ligado. “Desde o século 19, Santos é o maior exportador de café do mundo”, salienta um texto de apresentação do roteiro.

Entre os ciclos mencionados, pois, estão a construção do Engenho de São Jorge dos Erasmos, em 1534. Além da inauguração da Estação do Valongo e da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em 1867. E, ainda, a inauguração do porto organizado, em 1892. Por fim, o chamado ciclo dos contêineres, datado a partir de 1970.

Em suma, alguns dos pontos de interesse destacados na Rota do Café são o busto de Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. Localizado na Praça Mauá, no Centro. Afinal, foi ele quem bancou a construção da ferrovia Santos-Jundiaí.

Tem também a Bolsa Oficial de Café e a Rua XV de Novembro. É onde há uma estátua alusiva aos corretores de café e a Associação Comercial de Santos. Em conclusão, a Rua do Comércio, onde persistem casarões que pertenceram a comerciantes cafeeiros.

Por fim, ainda integram o circuito a antiga Estação do Valongo, que foi a primeira do Estado. Além da linha turística Bonde Café e a Pinacoteca Benedicto Calixto, instalada em um casarão onde viveu um exportador de café.


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