Conheça os benefícios neurológicos da cafeína

Conheça os benefícios neurológicos da cafeína

Substância melhora o desempenho físico, a concentração e o metabolismo, de acordo com pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina

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Além do sabor característico e do aroma inconfundível, o consumo de café oferece uma série de vantagens para o nosso organismo. A princípio, a cafeína, cientificamente conhecida como trimetilxantina, é a principal substância presente na bebida. E a responsável pelos benefícios neurológicos. Saiba mais na publicação do portal Exame.

Efeitos da cafeína

De acordo com Amanda Reitenbach, neurocientista e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a cafeína atua como um agente estimulante. O que contribui para o aumento do estado de alerta e a mitigação da sensação de fadiga.

Do mesmo modo, a substância desencadeia a produção de catecolaminas como norepinefrina. E dopamina no sistema cerebral. Ou seja, amplificando a concentração de catecolaminas circulantes. Bem como, importantes neurotransmissores controladores do sistema nervoso central e autônomo.

Adicionalmente, a cafeína tem propriedades psicoestimulantes. Exercendo, assim, uma influência positiva sobre o estado de humor. E, de maneira específica, sobre o desempenho psicomotor.

Benefícios neurológicos

De antemão, a especialista explica que a cafeína aumenta a taxa metabólica, favorecendo a queima de gordura. Ademais, contribui com a prevenção da fadiga e na produção de energia. Assim, podendo auxiliar na perda de peso quando combinada com hábitos saudáveis.

A cafeína, desde já, funciona como um estimulante do sistema nervoso simpático. E aumenta a disponibilidade de dopamina, o que melhora a tomada de ações. Todavia, resulta em um melhor desempenho cognitivo e psicomotor.

Outro benefício é que a substância estimula o sistema nervoso central. Melhorando, em seguida, a concentração e beneficia atividades que requerem foco.

Sobretudo, é importante ressaltar que os benefícios da cafeína estão vinculados à variabilidade na metabolização individual. Ou seja, na sensibilidade de cada organismo, e às doses ingeridas. Conforme a especialista explica que nem todos podem usufruir dessas vantagens. Simultaneamente, tornando crucial a observação atenta das reações corporais diante de distintas quantidades.

Cafeína e exercício físico

Ainda de acordo com Amanda, o consumo de cafeína traz efeitos positivos para a prática de atividades físicas. Isso acontece, pois contribui com a manutenção dos níveis de glicose e glicogênio hepático. Em outras palavras, sendo benéfica para exercícios de longa duração e moderada intensidade.

Antes de mais nada, a cafeína age sobre a contratilidade muscular. Dessa forma, facilita o transporte de cálcio, a fim de retardar a fadiga. Ao mesmo tempo, a substância ainda demonstra efeitos positivos na função neuromuscular. Assim como, contribui para uma melhor execução do exercício.

Entretanto, a especialista faz um alerta. “Embora a cafeína traga benefícios aos praticantes de exercícios, há estudos que comprovam que não necessariamente todos os indivíduos irão se beneficiar do seu uso. Pessoas com problemas cardiovasculares, por exemplo, precisam ficar atentas ao uso da substância”, ressalta.

Consumo moderado

Em primeiro lugar, a quantidade ideal de consumo diário de cafeína varia conforme a resposta individual à metabolização da substância.

Nesse sentido, Amanda avisa que doses seguras da substância variam com um limiar de toxicidade de cerca de 400 mg por dia para adultos. Além de 100 mg por dia para adolescentes e 2,5 mg por dia para crianças.

Para adultos saudáveis, até 400 mg diárias não têm efeitos adversos significativos, por exemplo. Já nas mulheres grávidas ou lactantes, o consumo não é aconselhado.

“É crucial considerar a fonte de cafeína, como em bebidas energéticas, e compreender os riscos. Especialmente em crianças e adolescentes. Logo, a individualização das doses é aconselhável, com orientações médicas para garantir a segurança. Populações vulneráveis, como mulheres grávidas, lactantes, crianças, adolescentes, adultos jovens e aqueles com problemas cardíacos devem ter cuidados especiais. Para referência, uma xícara de café espresso (30 ml) tem, aproximadamente, 64 mg de cafeína. E uma lata de energético (250 mL) tem cerca de 80 mg”, orienta a pesquisadora.

Em suma, agora que você já está por dentro dos benefícios neurológicos da cafeína, que tal aproveitá-los tomando uma xícara bem quentinha de café?


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