Biodigestor auxilia na sustentabilidade das atividades rurais

Biodigestor auxilia na sustentabilidade das atividades rurais

Biodigestor contribui para o saneamento rural com a preservação de solos, nascentes e poços artesianos, além de reduzir a emissão de gases

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O biodigestor é um equipamento que desempenha um papel importante no saneamento rural. Antes de mais nada, ele ajuda a prevenir a poluição e a preservar os recursos hídricos. Ademais, evita que os resíduos sejam despejados diretamente no ambiente. Contribuindo, assim, para a preservação dos solos, nascentes, poços artesianos e corpos d’água.

Outra vantagem é que a ferramenta reduz a emissão de gases de efeito estufa. Isto é, capturando o gás gerado durante o processo de decomposição. Como também colabora para a mitigação das mudanças climáticas. Portanto, auxilia na sustentabilidade das atividades rurais.

Nesse sentido, a Cooxupé preparou um vídeo para explicar aos seus cooperados sobre os benefícios do biodigestor.

Biodigestor

A princípio, o biodigestor é uma tecnologia eficaz para o tratamento do esgoto sanitário e de baixo custo. Desde já, os efluentes são canalizados para este ambiente sem oxigênio (fechado). E as bactérias assumem o trabalho de se alimentarem do material, consumindo até 80% da matéria orgânica do esgoto.

De acordo com o supervisor de Produção Sustentável da Cooxupé, Léo de Castro Simone, o uso do biodigestor é necessário nas propriedades rurais para o tratamento de esgoto eficaz. Ainda assim, ele explica que é uma opção economicamente viável. Sobretudo, em vista de seu custo bom e acessível a todos os cooperados.

“Ambientalmente falando, o biodigestor é muito bom. Afinal, o tratamento que é feito nele não deixa nenhum resíduo oriundo de esgoto atingir as águas subterrâneas da propriedade por infiltração. E nem deixa atingir as águas superficiais. Ou seja, essas águas não são lançadas diretamente em rios, açudes e córregos que estão nessa propriedade”, detalha.

Em seguida, a instalação do equipamento garante melhores condições para a saúde, segurança e o bem-estar dos moradores da propriedade. Além disso, é uma ferramenta que contribui para o cafeicultor a atender aos critérios ESG. E a realizar práticas sustentáveis em sua agricultura.

Como funciona

Primeiramente, o biodigestor é um produto que já existe em outros países. Ele trata o esgoto doméstico e devolve a água para a natureza de 80 a 90% tratada.

Dessa forma, o equipamento funciona da seguinte maneira. Em seu interior tem um copo chamado de filtro anaeróbico. Nele, pois, algumas partículas dos dejetos humanos param por ali. O biodigestor é cheio de anéis que servem como suporte biológico para a formação de colônias de bactérias. Por fim, elas comem os dejetos humanos e transformam em lodo. Que nada mais é que as fezes das bactérias tratadas, livres de contaminação, no lençol freático.

Laudo

Segundo José Acácio Gonçalves, representante da Acqualimp, a empresa possui laudo de eficiência do biodigestor. A princípio, um documento exigido pelas normas ambientais. De antemão, caso um fiscal vá até a fazenda e exija o laudo técnico, o cafeicultor terá para mostrar. E, assim, comprovar que realiza o tratamento de esgoto e devolve a água para o meio ambiente já tratada de 80 a 90%.

Primordialmente, a utilização do esgoto de pia no biodigestor pode ocorrer normalmente. Entretanto, desde que o produtor tenha uma caixa de gordura.

“Pode utilizar, desde que o cafeicultor tenha uma caixa de gordura para essa gordura não ir para dentro do equipamento. Pois essa gordura pode inchar e entupir o biodigestor. Então, essa gordura tem que ser retida na caixa”, alerta José Acácio.

Benefícios

O cooperado Laércio Aparecido Silva, de Guaxupé/MG, adquiriu o equipamento em sua propriedade. Logo, ele relatou os benefícios com a implantação do biodigestor.

“A melhoria foi gigante. Minha propriedade está perto da cabeceira do rio Guaxupé. E, juntamente com a equipe da cooperativa, pensamos em fazer o sistema para não contaminar a nascente do rio. É um benefício para a cidade, a sociedade e minha propriedade. E, ainda, para meu poço artesiano, que não corre risco de ter a água contaminada, e para a nascente”, conclui o cafeicultor.

A seguir, confira o vídeo do Cooxupé em Foco.