Fórum Café e Clima: La Niña está por trás dos prejuízos aos cafezais 

Fórum Café e Clima: La Niña está por trás dos prejuízos aos cafezais 

Fenômeno climático levou à escassez de chuvas durante período de preenchimento dos grãos

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As análises climáticas, com constatações e tendências, são ferramentas estratégicas para o trabalho no campo. Até por isso, a Cooxupé investe em monitoramento com 350 pluviômetros instalados na sua área de cobertura. E a cooperativa está em processo de expansão, ainda, das estações meteorológicas, que até o final do ano devem saltar para 77 ao todo.

Do mesmo modo, a cooperativa mantém as avaliações climáticas no centro da pauta ao reunir especialistas que acompanham as condições com foco na cultura cafeeira. E o 4º Fórum Café é Clima, que ocorre no dia 27 de setembro, vai abordar como o La Niña influencia os eventos atuais como a estiagem (acrescida de altas temperaturas), que se prolongou ao longo do inverno.

La Niña

O La Niña, antes de mais nada, é um fenômeno natural que consiste no resfriamento anormal das águas do Pacífico (próximo à linha do Equador), com ventos que sopram sobre a região, deslocando a camada de água quente para oeste.

E, basicamente, essa corrente de vento faz com que ocorra a subida das águas profundas do mar de forma acelerada, influenciando em períodos mais intensos de estiagem em parte do sul e sudeste do Brasil, e em aumento das chuvas na região norte.

Desse modo, há consequências importantes para o clima, influenciando nas estações, na vida marinha e até na produção rural. 

Fórum Café é Clima

Nesse contexto, o Engenheiro Agrônomo e Agrometeorologista Marco Antônio dos Santos irá integrar o Fórum Café e Clima para abordar as previsões climáticas para a safra de café 2023.

De acordo com ele, eventos do tipo mexem diretamente com a agricultura. “O La Niña ainda está ativo e ocasionou perdas bastante significativas durante a safra 2021/22. Por isso vamos abordar, ainda, o regime de chuvas e de temperaturas para essa primavera/22 e verão/23”.

Da mesma forma, o agrometeorologista comenta, que prevendo os modelos climáticos, é possível reavaliar condutas e, assim, reduzir os efeitos do clima na produção de café. “O produtor poderá se antever e realizar ações mitigatórias para minimizar os impactos do clima”, diz Santos.

Outros convidados

Outros dois especialistas integram o 4º Fórum do Café e Clima da Cooxupé. Um deles é o engenheiro agrônomo Éder Ribeiro dos Santos, que coordena o setor de Geoprocessamento da Cooxupé. Ele irá abordar o impacto das condições meteorológicas na área de cobertura da cooperativa.

Compondo a bancada, estará também o fisiologista vegetal Cláudio Pagotto Ronchi que irá explicar sobre os impactos dos eventos climáticos nos cafeeiros. Cláudio possui doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde atua como docente.

O 4º Fórum do Café e Clima ocorre no dia 27 de setembro, na matriz da Cooxupé, em Guaxupé (MG), com início a partir das 14h. O evento terá transmissão ao vivo pelo HUB do Café.


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