Tendências para consumo de café em 2023
Conheça alguns exemplos do que deve estar em alta ao longo do ano
Acompanhando as tendências para o consumo de café, o Brasil entra agora em uma nova fase. É o que mostram os estudos realizados pela empresa de pesquisas globais Euromonitor Internacional.
O trabalho, que aponta para as características que devem se acentuar em 2023 está, antecipadamente, no blog Café.In.Ação. E, a seguir, você confere algumas dessas tendências.
Consumo de café
O consumo de café sempre foi forte no Brasil. De antemão, em 2022, o setor teve o abalo das sucessivas altas nos preços que, portanto, restringiram o crescimento.
No entanto, o setor foi se recuperando. E, nesse ano, por exemplo, a tendência é de que o consumo cresça 1,94% no país. E, consequentemente, suba ainda mais em 2024, com uma estimativa de alta de 4,10%.
Apesar da inflação, não há, contudo, um cenário em que o consumo de café (pelo menos no Brasil) tenda a diminuir.
Desta forma, assim como aconteceu durante a pandemia da Covid-19, o estudo aponta para uma elevação do consumo, principalmente, nas residências.
Em contrapartida, é esperada uma queda nas cafeterias e restaurantes. Porém, os volumes gerais de vendas e consumo devem permanecer estáveis.
1 – A troca de cafeterias pelo café em casa
Cada vez mais, os consumidores estão trocando cafeterias pelo consumo do café em casa. O motivo?
A oferta internacional da bebida não está atendendo a demanda em um momento em que os estoques estão baixos.
Os brasileiros consomem de 3 a 4 xícaras de café por dia, aproximadamente, de acordo com dados da OIC (Organização Internacional do Café).
Mas, se esse consumo de café antes se dava quase que 90% em cafeterias, tem mudado de uns tempos para cá.
E o aumento da inflação somado aos riscos de recessão está entre os principais fatores para essa mudança no comportamento.
2 – O reconhecimento dos cafés especiais
O brasileiro aprendeu a apreciar e valorizar os cafés de alta qualidade. No país, de acordo com a pesquisa, esses costumes se firmam entre os jovens, principalmente.
E, hoje, a faixa etária entre 16 e 25 anos é a que mais se interessa pela bebida, sobretudo, nas grandes cidades.
3 – Exigência do consumidor
Ainda de acordo com a pesquisa, o público consumidor está cada vez mais exigente. Ou seja, 44% estariam dispostos ou muito dispostos a pagar um valor superior por um café de excelente qualidade.
Por isso, desde já, o setor aposta na “popularização” dos chamados cafés gourmet e/ou especiais.
Outro detalhe fundamental é que o consumidor está mais atento.
Se antes era pouco comum saber reconhecer os tipos da bebida, as coisas mudaram. E, atualmente, as pessoas sabem que o café, assim como o vinho, tem tipos e particularidades que influenciam, por exemplo, no sabor, aroma e preço.
4 – Bebidas prontas de café
As bebidas de café prontas para beber, chamadas RTD (Ready to Drink), estão entre as maiores apostas para 2023, de acordo com o setor cafeeiro.
Em essência, o segmento de RTDs consiste em bebidas que são vendidas em lata ou garrafa, prontas para o consumo.
E essas bebidas dispararam no mercado nos últimos anos. Sendo consideradas, em síntese, um segmento em ascensão, com rápido crescimento no setor de alimentos e bebidas.
Esse sucesso foi impulsionado por outras tendências incluindo, a princípio, o foco nas tendências do café frio, prático e com benefícios para a saúde.
De acordo com a Fortune Business Insights, o segmento de mercado de RTD pode exceder US$ 26 bilhões em valor até o final de 2025.
O cold brew, por exemplo, é uma parte importante do mercado de RTD. Mas outras bebidas engarrafadas e enlatadas, como lattes e o preparo a frio, também, estão amplamente disponíveis.
Além de convenientes, os produtos RTD são encontrados, por fim, em mercados, cafeterias e lojas de conveniência.