“Café não desmata, mas regenera áreas” Farmer harvesting coffee in the region of Carrisal de Alajuela , Costa Rica

“Café não desmata, mas regenera áreas”

Afirmação é do Presidente do CNC, Silas Brasileiro, em resposta às restrições impostas pela União Europeia

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O Conselho Nacional do Café (CNC) considera “desnecessária” a preocupação com desmatamento no Brasil englobando, principalmente, o Cerrado brasileiro, conforme divulgado pelo Globo Rural

Recentemente, o Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo para proibir a importação de produtos ligados ao desmatamento.

A regra atinge, sobretudo, seis produtos (soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café) e seus derivados, produzidos em áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020.

Café não desmata

 O presidente do CNC, Silas Brasileiro, disse em boletim: “Reiteramos que a cafeicultura não promove desmatamento. Pelo contrário, nos últimos anos avançamos substancialmente na produção sustentável. O café, hoje, regenera áreas, cuida das nascentes, recupera mananciais e preserva as matas ciliares. Portanto, a preocupação com desmatamento do Cerrado e de outros biomas, no caso da cafeicultura, é desnecessária”, afirma.

 De acordo com ele, a nova lei da UE, particularmente, não muda nada para o cafeicultor.

“Continuaremos produzindo os melhores cafés do mundo, os maiores volumes e de forma mais sustentável. Não nos parece factível que haja área cafeeira alguma no Brasil sendo explorada com desmatamento nos dias atuais. A cafeicultura não desmata para cultivar novas áreas, o que procede é a renovação do parque cafeeiro de forma gradativa. Queremos tranquilizar os produtores“, ressaltou.

Desdobramentos

Contudo, o presidente do CNC reiterou que a entidade continuará acompanhando os desdobramentos da ação europeia e julga ser importante as demais instituições fazerem o mesmo. 

“Como dissemos desde o primeiro dia, é hora de unir forças e lutar para que o embargo não seja mais político/econômico do que ambiental. O Brasil é o país com a mais rígida lei, imposta por meio do Código Ambiental. Sugerimos que a iniciativa privada e o poder público devem se unir para combater qualquer exagero das sanções impostas”, concluiu Brasileiro.


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