Cecafé apresenta futuro sistema de emissão de certificados de origem do Brasil
Entidade destacou que novo sistema ajudará a reduzir burocracias, custos operacionais e o uso de papéis
O Cecafé apresentou a nova estrutura tecnológica e operacional do sistema sobre a emissão dos certificados de origem obrigatórios para todos os embarques de café. Isso, pois, ocorreu durante reunião virtual do Comitê de Estatística da Organização Internacional do Café (OIC), segundo reportagem noticiada no site do Cecafé.
Assim, o diretor técnico, Eduardo Heron, apresentou o atual fluxo operacional. Bem como os procedimentos para a emissão dos certificados OIC nas exportações de café. Além de um comparativo com o trâmite futuro, que entrará em vigência com a implementação do novo sistema.
Emissão de Certificados
Heron diz, no entanto, que o atual processo de emissão de certificado de origem da OIC no Brasil ainda é manual. Com muitos procedimentos e sem integração de sistemas. Assim, o que pode ocasionar equívocos no preenchimento e na conferência de documentos.
“Esse trâmite implica um maior número de profissionais envolvidos para garantir a qualidade do processo e dos dados. Elevando os custos para o exportador, que precisa de pessoas para entregar documentos de forma presencial nas agências, e para as próprias agências certificadoras para a conferência do material”, analisou.
Ainda de acordo com Heron, entre outros benefícios, o novo sistema permitirá redução de burocracias, dos custos operacionais. Também será mais sustentável, reduzindo o uso de papéis.
“Com a assinatura digital que estruturamos, aprovada pela OIC, e a utilização da API do SERPRO – conjunto de aplicações que permite a comunicação entre a plataforma da empresa e a do governo –, reduziremos erros de digitação e daremos celeridade ao processo, tornando-o mais moderno, eficiente e menos oneroso a todos os atores”, explicou.
Ainda de acordo com o diretor Técnico, a transformação no processo de emissão dos certificados de origem da OIC no Brasil teve motivação pelo novo sistema de comércio exterior do governo federal. A implantação deste ocorreu em 2018. Dessa forma, o objetivo foi adequar seus procedimentos ao Acordo de Facilitação de Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Podemos integrar outros valores, essenciais à atual realidade de mundo, como sustentabilidade, rastreabilidade, blockchain e transparência. Pautas que a própria OIC trouxe para seu ambiente de discussões, visando desenvolver políticas públicas que garantam renda ao setor, principalmente aos produtores”, afirmou.