Café especial: ações na China podem render US$ 6,7 mi ao Brasil

Analisando o crescimento do mercado cafeeiro nos últimos anos na China, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) incluíram o país entre os mercados-alvos do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”. Acima de tudo, a nação asiática tornou-se o sexto principal parceiro dos cafés do Brasil em 2023. Aliás, as ações na China podem render um valor milionário ao Brasil.

Nesse sentido, as ações mais recentes no gigante asiático ocorreram de 26 a 30 de março. E, assim, renderam US$ 3,540 milhões em negócios imediatos. Além da projeção para outros US$ 3,175 milhões nos próximos 12 meses. Podendo, dessa forma, gerar um total de US$ 6,715 milhões.

Ações na China

Em 26 de março, pois, através de ação conduzida pela BSCA, em parceria com o escritório da ApexBrasil e o Consulado Geral do Brasil em Xangai, empresários brasileiros participaram de uma rodada de negócios na Hongqiao Import Commodity Exhibition and Trade Center. Ou seja, uma plataforma de exposição permanente, com estrutura para “live streaming”. Que é dedicado à venda de produtos no mercado de e-commerce, um centro de treinamento e um laboratório de cafés.

Desde já, com a presença de 49 representantes do mercado chinês, entre compradores, influencers e mídia especializada, a ação possibilitou 119 contatos comerciais. Que renderam, portanto, US$ 1 milhão em negócios imediatos. Além da perspectiva para a concretização de mais US$ 552 mil até março de 2024.

Outros contatos comerciais

Em seguida, empresários brasileiros marcaram presença, entre 27 e 30 de março, na Hotelex Shanghai 2024. Isto é, uma das maiores feiras do setor de hotéis, restaurantes e cafeterias (HoReCa) da Ásia. Que teve dois pavilhões exclusivos para café.

De antemão, realizaram mais 232 contatos comerciais no evento. Que geraram US$ 2,540 milhões de imediato. E, ainda, a projeção para outros US$ 2,623 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

“Nosso serviço de inteligência identificou, há alguns anos, o forte potencial da China como consumidora de café. E incluímos o gigante asiático entre os mercados-alvos do ‘Brazil. The Coffee Nation’. Hoje, passamos a colher os frutos dessa acertada percepção. E possibilitamos a abertura de um novo, e imenso mercado, aos associados da BSCA que integram nosso projeto com a ApexBrasil”, comenta Vinicius Estrela. Ele é diretor executivo da Associação.

Exportações para a china

Em 2023, inclusive, a China subiu 14 posições no ranking dos principais destinos dos cafés brasileiros. E fechou o ano como sexta colocada.

De acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os chineses importaram 1,518 milhão de sacas de 60 kg do produto nacional. Por fim, apresentando um substancial crescimento de 266% na comparação com 2022. Isso quando adquiriu 414.844 sacas e ocupou a 20ª posição na tabela.