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Conheça 10 cultivares de café que se destacam no CVT
Centro de Validação Tecnológica, em Guaxupé/MG, é mantido em parceria entre a Cooxupé, o Instituto Federal do Sul de Minas e a Agrifort Jr
Localizado em Guaxupé/MG, o Centro de Validação Tecnológica (CVT) é uma unidade experimental de pesquisa aplicada. Ou seja, para validação de tecnologias e insumos para a cafeicultura. Antes de mais nada, o espaço se mantém por uma parceria entre a Cooxupé, o Instituto Federal do Sul de Minas e a Agrifort Jr. Empresa Júnior de Assistência Técnica do IF. Portanto, conheça 10 cultivares de café que se destacam no CVT.
Trabalho no CVT
De acordo com Mário Ferraz de Araújo, gerente de desenvolvimento técnico da Cooxupé, o CVT foi criado em 2016. “É um convênio do Instituto Federal com a cooperativa. A Cooxupé entra com a parte do aporte financeiro e o Instituto entra com os experimentos”, ressalta.
Nesse sentido, o local tem o campo de validação das cultivares, onde testam diversos materiais genéticos. Como, por exemplo, do Procafé, da Epamig, entre outros.
Esse trabalho é muito importante porque reflete as condições da localidade, segundo Araújo. “O cafeeiro tem uma adaptação que varia muito de região para região. Por isso a importância de ter vários campos em diversos locais. Para que o cafeicultor possa escolher aquele material que realmente se adapta melhor às condições de sua região”, explica.
Cultivares de café
A seguir, confira 10 cultivares de café que se destacam no CVT em 2024.
- 1. Araponga (Epamig)
Em primeiro lugar, a cultivar Araponga tornou-se um destaque por conta da produção e da qualidade. “É uma planta com uma alta sanidade e também vigor. Quando comparada às outras cultivares na produção do quadriênio, a cultivar alcançou 37 sacas por hectare e a qualidade da bebida 87 pontos”, informa Eduarda de Oliveira Albano, supervisora do CVT.
- 2. Arara (Procafé)
Já a cultivar Arara sobressaiu pelo tamanho de peneira, sendo 84% dos grãos com peneira 17 acima. “É uma cultivar que possui uma maturação tardia. E, por isso, em regiões mais frias, tende a ficar mais tardia ainda. Inclusive, tem uma boa resistência à bactéria e ferrugem. É um material que também produz muito e tem uma qualidade excelente”, avisa Felipe Campos Figueiredo, coordenador do CVT.
- 3. Sabiá Tardio (Procafé)
Por outro lado, a cultivar Sabiá Tardio possui uma boa uniformidade dos frutos. Entretanto, é mais exigente na nutrição e no espaçamento, sendo recomendado o plantio mais largo.
- 4. Pioneira (Epamig)
De acordo com Felipe, a Pioneira tem uma característica muito interessante de facilidade de desprendimento dos frutos. “Ela também é uma cultivar muito produtiva, tem boa qualidade de bebida e o destaque dela é o tamanho de peneira. Que, no nosso ensaio, atingiu 77% de 17 acima”, resume o coordenador.
- 5. IPR 106 (IDR – Paraná)
Sobretudo, a cultivar IPR 106 é uma das mais novas lançadas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). “Possui resistência ao Meloidogyne incognita e ao paranaensis. Também atingiu níveis satisfatórios de produção e qualidade”, salienta Eduarda.
Mais cultivares
- 6. Catuaí Vermelho 144 (IAC – Instituto Agronômico de Campinas)
Acima de tudo, é a cultivar mais plantada no parque cafeeiro. Aliás, possui uma característica de desuniformidade de maturação, onde o topo amadurece primeiro do que a saia. E isso complica às vezes o manejo da colheita. “Porém, é uma cultivar que possui boa estabilidade e produtividade e, se bem manejada, também qualidade e peneiras adequadas”, resume Felipe.
- 7. Catiguá MG 2 (Epamig)
Segundo Eduarda, a Catiguá MG 2 é uma cultivar conhecida por ganhar concursos de cafés especiais. “Inclusive, foi campeã na qualidade de bebida, atingindo 86 pontos”, afirma Eduarda.
- 8. Catucaí Amarelo 2 SL (Procafé)
Antecipadamente, essa cultivar é uma planta estreita e fina, por isso deve ser plantada mais adensado na linha. “É uma cultivar que tem resistência à Phoma e uma resistência parcial às raças de ferrugem. Ela também tem uma produtividade muito boa, qualidade e peneira de forma muito equilibrada”, disse Felipe.
- 9. IPR 98 (IDR – Paraná)
A cultivar IPR 98 é uma clássica do IDR no Paraná, de acordo com Eduarda. É vigorosa e com alta capacidade produtiva. “Além disso, possui resistência à ferrugem e tem o ciclo de maturação mediano. Essa cultivar atingiu 86 pontos na qualidade da bebida e tem alto índice de produção”, destaca a coordenadora.
- 10. IPR 103 (IDR – Paraná)
Por fim, a cultivar IPR 103 é tardia. No CVT, se destacou por ser a cultivar mais produtiva de todos os materiais que foram testados. “Na última safra, ela atingiu 115 sacas por hectare. Também tem uma característica de ter grãos muito grandes, assim como todos os IPRs. Nesse caso da IPR 103, 77% de peneiras 17 acima”, finaliza Felipe.
Saiba mais sobre as cultivares de café do CVT pelo vídeo do Cooxupé em Foco.