Crise dos portos terá alívio somente em janeiro de 2022
Previsão é da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC)
A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC) prevê que a crise dos portos terá alívio somente em janeiro de 2022.
Com a volta das atividades do mercado após os meses parados por conta da pandemia de Covid-19, faltou contêineres. Assim, navios ficaram parados e o preço dos fretes aumentou.
Portanto os prazos comerciais tiveram de aumentar, o que afetou o resultado de importações e exportações.
É uma das maiores crises portuárias desde o começo do uso de contêineres, há 65 anos.
Em reportagem publicada pelo portal G1, a ABTTC diz que apenas em janeiro de 2022 a situação deve ser aliviada. A recuperação total, apenas no segundo semestre.
Crise dos portos
Segundo a matéria, a falta de contêineres é motivada pela alta demanda nos grandes portos exportadores, como Ásia, Estados Unidos e a Europa.
O diretor executivo da ABTTC, Wagner Rodrigo Cruz de Souza, disse ao portal que devido à queda nas compras e vendas, o setor de contêineres reduziu a produção desse material na pandemia.
Assim, com o reaquecimento da economia no mundo, este fornecimento não consegue ser feito rapidamente.
Segundo representantes do setor, existe ainda a falta de estrutura nos portos para atender à demanda.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de julho, mostra que entre 128 empresas e associações industriais, 70% relataram sofrer com a falta de contêineres ou navios. Bem como mais da metade passou por cancelamento ou suspensão de viagens.
“Há maior demanda e a infraestrutura não é reativa de imediato”, disse o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, à reportagem do G1.
Previsão
Assim, o cenário não tem previsão de melhora em um curto prazo, ainda neste ano, por exemplo. A ABTTC disse que, entre os armadores consultados, há grande preocupação quanto ao “Golden Week”. O tradicional feriado chinês dura de sete a oito dias, a partir de 1º de outubro. São interrompidas todas as atividades.
Segundo Wagner Rodrigo Cruz de Souza, diretor executivo da ABTTC, isso deve gerar uma nova pressão na cadeia logística global.
Dessa forma, os exportadores e importadores devem sentir os impactos em 30 a 45 dias após a semana festiva.
Por fim, a entidade acredita que a situação deva se normalizar totalmente apenas no segundo semestre de 2022.