É possível melhorar a rentabilidade na lavoura 

Todo produtor deseja que a produção de café cresça e melhore cada vez mais elevando, assim, a rentabilidade. No entanto, esse quesito depende de fatores externos e internos à propriedade.

Externamente, por exemplo, existem as condições de preço, de mercado e dos insumos usados na produção do café. Nesse nível, todavia, o produtor tem pouco a fazer.

Já internamente o cafeicultor pode atuar, sendo que existem três pontos básicos para alcançar a melhora na rentabilidade da produção de café, conforme matéria veiculada pelo Centro do Comércio de Café de MG.                      

Tudo em etapas

De antemão, é preciso manter a boa produtividade nos cafezais. Em segundo lugar é preciso racionalizar os tratos, executando as práticas culturais de modo mais adequado e na época correta. E, na sequência, é importante focar na administração dos recursos (humanos e materiais), para obter os menores custos de produção.

A importância da produtividade nas lavouras está, principalmente, na grande influência que exerce na redução dos custos de produção do café, pois dilui os custos fixos por um maior número de sacas produzidas.

Deste modo, a boa produtividade é a base para melhoria da rentabilidade. E a produtividade está relacionada a três grupos de fatores ou condições, ligados à planta, ao ambiente e a manejo dos tratos.

Condições das plantas

Diferentes situações influenciam o desenvolvimento dos pés de café, então, é bom se atentar ao espaçamento ou número de plantas por área, a estrutura da ramagem e seu enfolhamento e, também, a diferenciação floral e de frutificação dos cafeeiros.

Ao mesmo tempo, as condições do ambiente devem ser avaliadas. Como situação do solo, suas condições físicas e químicas, o clima que influencia nas condições de chuva ou suprimento de água para as plantas, as temperaturas e os ventos compreendendo fenômenos adversos, como granizo e geadas.

As condições de manejo dos tratos da lavoura, que dependem mais do trabalho adequado do cafeicultor, compreendem a execução das práticas como, nesse caso, a nutrição, o controle de pragas, doenças e ervas daninhas, a irrigação, as podas e outras práticas que visam corrigir ou ajustar as condições da planta e do ambiente.

No entanto, o manejo exige a aplicação de recursos financeiros e tecnológicos, que dependem do balanço entre o preço do café no mercado e o custo dos fatores de produção.

Elevação da produtividade

Com o passar do tempo, as lavouras de café evoluíram na produtividade. Na década de 1970 era, aproximadamente, de 4-6 scs/ha. E, depois, com a renovação de cafezais e com maiores níveis tecnológicos, a média nacional está em 27-30 scs/ha.

Porém, alguns problemas que afetam a produtividade ainda persistem, mesmo que em escala menor como, por exemplo, o avanço na idade das plantas, a degradação de algumas áreas, condições desfavoráveis de clima e solo, o ataque de pragas-doenças, o fechamento e perda de saia das plantas, a altura excessiva dos cafeeiros, a perda da ramagem lateral (produtiva) e acinturamento das plantas, além da dificuldade nos tratos e colheita.

Esses problemas precisam ser cuidados pelo produtor para evitar, assim, baixa produtividade com custos altos. Desse modo, melhorar a rentabilidade na produção de café é um trabalho constante, pois se trata de uma cultura perene, que exige cuidados o ano todo.

Em suma, é necessário ajustar a mão de obra e outros aspectos operacionais e suprir os insumos. É preciso, por fim, contar com preços remuneradores. Para que, como resultado, o agricultor mantenha afinco pelo trabalho na lavoura.