Especialista vê redução da safra de café do Brasil e faz alerta para 2022
Norte-americana faz visita nas principais regiões produtoras brasileiras e aponta os impactos da seca e das altas temperaturas nos cafezais
A safra de café do Brasil que está sendo colhida parece ser ainda menor do que avaliações apontaram no início do ano, com o impacto de uma severa seca nos cafezais. A informação é do CCCMG.
E há preocupações com a próxima temporada, devido a problemas no desenvolvimento das lavouras, segundo a norte-americana e especialista em soft commodities Judith Ganes.
Ela visitou lavouras nas principais regiões produtoras de arábica, como Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana. Ganes também visitou o Espírito Santo, maior produtor de conilon.
Segundo a notícia, essa é a terceira viagem de Ganes ao Brasil para verificar a safra atual. Ela considerou “devastada” pela seca e as altas temperaturas.
Para a especialista, a safra do país ficará entre 5% a 10% menor do que considerou em fevereiro. Anteriormente, acreditava que frutos poderiam se desenvolver e ficar um pouco maiores.
Após passar por cidades mineiras como Varginha, Três Pontas, Alfenas, Patrocínio e Monte Carmelo, ela disse ter dúvidas se a produção de arábica brasileira poderia alcançar 30 milhões de saca de 60 kg. Isto ainda representaria uma queda de 20 milhões de sacas na comparação com a temporada passada.
Safra de Café 2022
Ainda de acordo com a notícia, a mesma seca prolongada que afetou a temporada 2021 deverá impactar 2022. Isto porque os pés de café têm apresentado problemas no desenvolvimento e muitos parecem escolher soltar folhas em vez de frutos, segundo Judith.
Para a especialista, a colheita de 2022 vai ser maior que a deste ano, período de baixa no ciclo bienal do arábica, mas não deve ser uma grande safra.