Por que o geoprocessamento é importante para a cafeicultura?

Por que o geoprocessamento é importante para a cafeicultura?

Cooxupé utiliza processo que monitora e gera dados meteorológicos por meio de tecnologias que auxiliam nas fases de produção do café

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A cooperativa mineira de café Cooxupé conta com um departamento de Geoprocessamento, que é ligado à área de Desenvolvimento Técnico da cooperativa, auxiliando os produtores cooperados a utilizarem ferramentas e tecnologias nas tomadas de decisão. 

De acordo com o artigo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o Geoprocessamento é um conjunto de tecnologias informatizadas de dados georreferenciados. Através do Sensoriamento Remoto (SR), o Sistema de Informação Geográfica (SIG) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS) geram dados e monitoram as informações meteorológicas e geográficas de cada região.

“O Geoprocessamento ajuda tanto a Cooxupé como seus cooperados a tomarem as decisões estratégicas em relação às propriedades, sempre trazendo tecnologia, inovação, bem como a busca por uma produção mais sustentável”, explica Guilherme Teixeira, engenheiro agrônomo do departamento de Geoprocessamento da Cooxupé.

No café

Na cafeicultura, o Geoprocessamento também é responsável por uma coleta de informações que inclui estudos sobre a fenologia da planta do café. Esta possui, portanto, duas fases de desenvolvimento: vegetativa e a de reprodução. Por isso, é importante que estes profissionais conheçam as condições meteorológicas de cada região atuante.

“Cada fase leva cerca de um ano e o clima tem um papel muito importante. Hoje, a academia nos traz informações de que a viabilidade da produção fica em torno de 60% e 70% e a variabilidade ocorre de acordo com as situações meteorológicas. Quando falamos em um período de 2 anos podemos ter condições favoráveis ou desfavoráveis, por isso é importante conhecer como é o clima nas áreas de atuação da cooperativa”, completa Teixeira.

Os fatores meteorológicos podem ser bons ou ruins. Em 2022, por exemplo, o período de seca foi forte e as chuvas retornaram em setembro, causando estresse nas plantas. Depois deste período, muitos municípios sofreram com chuvas de granizo em outubro e novembro. Em dezembro, a temperatura média foi abaixo do comum e as chuvas foram acima da média histórica.

“Para fazer o acompanhamento, a Cooxupé tem 17 estações meteorológicas gerando dados e mais de 400 pluviômetros nas propriedades dos nossos cooperados. Além disso, existe um projeto de expansão para 2023 nas áreas de atuação da cooperativa”, conclui Teixeira.

A equipe de Geoprocessamento da Cooxupé também esteve presente na FEMAGRI, realizada de 08 a 10 de fevereiro. Os profissionais atenderam aos produtores, orientando sobre as condições climáticas em suas respectivas áreas de produção.

Cafeicultores receberam orientações, também, durante a FEMAGRI 2023

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