Publicação apresenta metodologia para seleção assistida de cafeeiros com cafeína reduzida
Estudo é da Embrapa Café
A Embrapa Café publicou o Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento nº5 – “Identificação e Validação de Marcadores Moleculares para Seleção Assistida de Cafeeiros com Teores Reduzidos de Cafeína”.
A publicação apresenta, pois, de forma detalhada os resultados da pesquisa da Embrapa Café em parceria com o Instituto Agronômico (IAC). O estudo gerou a patente da metodologia que representa um caso bem-sucedido de seleção assistida no café. Indicando, assim, seu potencial uso para o desenvolvimento de cultivares livres de cafeína.
Cafeína
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Café, Mirian Perez Maluf, autora do Boletim, a cafeína é o composto mais conhecido e investigado do grão de café. Tanto por seus efeitos na saúde humana quanto por seu papel na fisiologia dos cafeeiros.
“Vários esforços em programas de melhoramento de café de diferentes instituições buscam desenvolver cultivares de café naturalmente livres de cafeína, e que mantenham atributos sensoriais e de qualidade”, comenta. Atualmente, os cafés descafeinados são produtos que passam por um processo industrial para a remoção dessa substância.
Cafeeiros
O teor de cafeína na maioria das cultivares de Coffea arabica é em torno de 1%. As cultivares de Coffea canephora têm cerca de 2%. Nesse estudo, a pesquisadora Mirian Maluf realizou análises moleculares do gene que codifica a cafeína sintase (cs). Trata-se, portanto, de uma das enzimas da via de síntese de cafeína, presente no cafeeiro AC1, que é naturalmente descafeinado. Bem como identificou as várias alterações de nucleotídeos, os chamados polimorfismos do tipo SNP (Polimorfimos de Nucleotídeo Único), em comparação com a sequência do gene isolado em cafeeiros com teores normais de cafeína.
O estudo teve financiamento do Consórcio Pesquisa Café e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Acesse aqui a publicação.