Colômbia pede renovação dos cafezais e projeta recuperação para 2024

Colômbia pede renovação dos cafezais e projeta recuperação para 2024

Federação Nacional dos Cafeicultores do país destacou que produtor precisa aproveitar bons preços atuais

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Assim como no Brasil, na Colômbia a produção de café arábica também vem sentindo, acima de tudo, com os impactos das mudanças climáticas nos últimos anos.

Enquanto que aqui o fenômeno climático La Niña trouxe a seca, principalmente, na região sudeste e centro oeste, no país vizinho foi o excesso de água que limitou a produção cafeeira.

De acordo com a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), isso deve restringir a produção, em 2022, a não mais do que 12 milhões de sacas. A informação é do Notícias Agrícolas.

O volume, atualmente, representa dois milhões de sacas a menos no mercado do que o projetado anteriormente pela FNC. 

Renovação dos cafezais

Entretanto, pensando na produção dos próximos anos, a FNC divulgou um chamado urgente para que os cafeicultores não descuidem das lavouras e, primeiramente, invistam na renovação do parque cafeeiro.

Os dados divulgados pela entidade da Colômbia mostraram que, sobretudo, a área de lavouras renovadas no país vizinho teve redução de 30% nos últimos anos. 

“Hoje temos cerca de 130.000 hectares reformados (idade menor ou igual a 24 meses) do parque cafeeiro colombiano, quando tivemos que ocupar cerca de 168.000 hectares”, afirma a FNC. 

Todavia, o comunicado alerta, ainda, que os produtores fiquem atentos porque parte da produção de 2024 deve partir dessas áreas.

Ou seja, a previsão caso os investimentos ocorram é que o volume seja mais expressivo nas colheitas de 2025 e 2026, respectivamente. 

Hernando Duque, gerente técnico da FNC, destacou que as decisões tomadas agora são importantes para a retomada da produção nos próximos anos.

“O envelhecimento e o aumento da idade média dos cafezais implicam em retrocessos na produtividade. E, assim, os números da direção técnica refletem que a idade média deve estar próxima dos sete anos”, afirma o documento.

Bons preços na bolsa

A publicação, contudo, chamou atenção dos produtores para aproveitar o bom momento dos preços na Bolsa de Nova York. Dessa forma, poderiam realizar investimentos a médio e longo prazo com objetivo de voltar a ter fazendas mais produtivas e lucrativas no país vizinho. 

“Embora outubro não seja um mês de renovação devido aos ciclos de produção, cafeicultores podem agendar, a partir de agora, para fazer suas reformas o mais rápido e terminar a colheita principal”, acrescenta. 

Café brasileiro

O documento chamou atenção, também, para a expectativa de uma produção mais expressiva do Brasil nos próximos anos, com uma recuperação mais significativa, especialmente, em 2024.

“O que poderia resultar em reajuste dos preços internacionais. A renovação é importante para manter altas produtividades e um bom nível de produção na Colômbia”, finaliza. 


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