Comunicação pode manter Brasil competitivo frente aos desafios do Agro

Com a participação de diversas lideranças do agronegócio brasileiro, o Congresso da ABAG aconteceu na manhã desta terça-feira, 02 de agosto. O tema central do evento foi “Nosso carbono é verde”.

O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, participou do painel “Futuro do Agro Brasileiro no Comércio Mundial”, juntamente com Elizabeth Farina (diretora executiva da WRI Brasil) e Malu Nachreiner (presidente da divisão Crop Science da Bayer no Brasil).

Melo ponderou que o agro brasileiro é potencialmente forte, sustentável e desenvolvido. Um recente estudo da Embrapa demonstra essa força ao revelar que este setor do país alimenta mais de 800 milhões de pessoas no mundo todo.

“O Brasil tem trabalhos inovadores em todas estas áreas, mas acima de tudo, tem muito espaço para expansão. Estamos prontos para atender o aumento do consumo mundial”, disse. “Além disso, temos tecnologia de ponta aplicada nas lavouras que gera uma melhor produtividade. A topografia é favorável e o clima também é um fator que corrobora com todo esse cenário”, acrescentou.

Comunicação

Ainda no Congresso da ABAG, Melo também ponderou a necessidade do Brasil, incluindo a área do café, melhorar a sua comunicação e marketing em relação ao agro. “Precisamos comunicar ao mundo o que estamos produzindo e, principalmente, o que estamos produzindo. Muitos produtos do nosso agro são certificados por certificadores internacionais e, por isso, considero que o nosso país está apto para atender as demandas mundiais futuras com compromisso e responsabilidade”, disse.

Elizabeth Farina também concordou com este cenário e disse que, neste sentido, o Brasil precisa produzir informação de qualidade. Para Malu, é necessário que o país esteja inserido nas mesas de discussões globais para estabelecer importantes tópicos como metodologias, regulamentações para manter a competitividade frente a países concorrentes.

Ainda no painel, a segurança alimentar e a dos alimentos também foi discutida, assim como os desafios para o Brasil cumprir com sua agenda diante das demandas e do fluxo do comércio internacional.

Sustentabilidade e ESG 

Juntamente com as palestrantes, o presidente da Cooxupé defendeu a relevância da sustentabilidade, que atualmente passa a integrar conceitos mais amplos no âmbito ESG (Environmental, Social and Governance ou de acordo com a tradução Ambiental, Social e Governança). “Uma atividade não pode existir somente para gerar lucros. Isso não cabe mais nesse mundo. Ela tem que se preocupar com sua classe, com a comunidade. No cooperativismo temos programas específicos que agregam valor ao cooperado, tantos programas educacionais como programas de capacitação de gestão. Estas são nossas credenciais: somos sustentáveis, desenvolvidos, resilientes e competitivos”, destacou.

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