Entenda sobre o futuro da cafeicultura e a história do grão

Entenda sobre o futuro da cafeicultura e a história do grão

Conheça mais sobre o café, uma das cadeias mais relevantes no desenvolvimento histórico, econômico e atual do Brasil

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O café é uma das bebidas mais populares do mundo e tem uma posição estratégica no desenvolvimento e no futuro da cafeicultura brasileira. Entretanto, sua história e origem datam de séculos atrás. Acredita-se, de antemão, que a planta tenha sido descoberta na Etiópia por volta do século IX. No século XVII, o líquido chegou à Europa, e, posteriormente, ao continente americano. É o que publicaram no blog Mundo Agro, da Veja.

Em meados do século XVIII, o grão foi trazido para o Brasil, por meio de oficiais portugueses. Em seguida, as primeiras plantações foram estabelecidas no Pará. E, logo depois, se expandiram para outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Além disso, o clima e o solo fértil da região Sudeste se mostraram ideais para o cultivo da planta. Desse modo, contribuiu para o rápido crescimento da cafeicultura no país. Assim, Brasil se tornou o maior produtor e exportador do mundo.

Variedade de usos

Desde já, o café tem uma variedade de usos e finalidades que ultrapassam o selo de bebida popular. Assim como há diferentes formas de consumir o café no dia a dia como bebida. Seja coado, espresso, solúvel e outros. Por outro lado, o grão pode ser utilizado como ingredientes em diversas receitas, como bolos, sobremesas e produtos embalados.

Ademais, o café é encontrado na indústria de cosméticos, devido às suas propriedades antioxidantes e estimulantes. Ele pode, ainda, contribuir para a geração de energia, por meio da produção de biogás. A solução ocorre através de resíduos produtivos, das cascas e borra. Como também pode virar fertilizante para fornecer nutrientes ao solo.

Nesse sentido, pesquisas recentes demonstraram ser possível transformar o óleo essencial da borra de café em biodiesel.

Diversos segmentos

Antes de mais nada, a cafeicultura é constituída por diversos segmentos que desempenham papéis específicos. Tais como na geração de insumos, produção, processamento, distribuição e consumo do produto. Dessa forma, o processo inicia antes mesmo da produção, com os fornecedores de insumos para a produção agrícola.

Sobretudo, os produtores podem cultivar e colher os grãos. E repassar a produção para os intermediários, responsáveis pela comercialização e transporte até o período mais recente, por exemplo.

Porém, existem as indústrias que utilizam o grão como matéria-prima para suplementação, como o café verde. Os distribuidores, por sua vez, encarregam-se da logística de distribuição, levando o produto aos pontos de venda. A operação ocorre tanto para o mercado externo quanto interno. Por fim, temos os consumidores finais, que desfrutam da bebida em diferentes regiões do mundo.

Sistema de cooperativas

Outro aspecto importante da cafeicultura brasileira é o sistema de cooperativas. Ou seja, esse modelo de aglutinação de produtores desempenha um papel significativo na cadeia. Primordialmente, em regiões onde a produção é dominada por pequenos agricultores.

As cooperativas proporcionam, acima de tudo, o compartilhamento de recursos e conhecimento. Reduzindo, assim, custos e aumentando a eficiência. Este modelo econômico também oferece serviços. Como, por exemplo, assistência técnica, acesso a crédito e capacitação.

Nesse segmento, antecipadamente, o destaque brasileiro a nível mundial vai para a Cooxupé, a maior produtora de café do planeta. Em primeiro lugar, a cooperativa cafeeira exporta o produto para 50 países. Bem como gera renda e crescimento sustentável para os seus mais de 19 mil cooperados.

Produção brasileira

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), entre as variedades Arábica e Robusta, a produção brasileira gira ao redor de 58 milhões de sacas (60 Kg) beneficiadas. Agora, também tem uma produtividade de 30 sacas por hectare e uma área plantada próxima de dois milhões de hectares.

Na produção, o destaque fica para a região Sudeste. Afinal, representa 86% do total produzido. Isso com Minas Gerais e Espírito Santo como principais representantes.

Futuro da cafeicultura

Do mesmo modo, olhando para o futuro da cafeicultura brasileira, algumas tendências podem guiar o setor. Nesse meio tempo, a adoção de práticas de agricultura regenerativa e o uso eficiente dos recursos naturais é forte tendência. Além disso, deve favorecer o Brasil no mercado internacional.

Outro ponto importante será o uso de tecnologias avançadas. Como, por exemplo, inteligência artificial, utilização de drones, sensores e análise de dados. Definitivamente, para otimizar a produção e reduzir os custos. Além de novos equipamentos e tecnologias, a rastreabilidade e identidade de origem serão diferenciais para o setor.

E, em síntese, a expansão do sistema cooperativista pode direcionar para um futuro mais rentável e sustentável. Desde que escalonado para nível nacional com qualidade e eficiência.

Importância

Em conclusão, a cafeicultura é um grande orgulho para o Brasil. Isso desde sua importância no desenvolvimento das diferentes regiões no passado, ao papel social de integração de pequenos e médios produtores. Ademais, há muitos outros destaques que podem ser abordados e conhecidos nessa cadeia.

Desse modo, recomendamos que pesquise e conheça o futuro da cafeicultura. Que tal se antes você fizer uma pausa para um cafezinho?