A cafeicultura brasileira tem se transformado a cada ano que passa, com consumidores globais cada vez mais exigentes. Não somente com o aspecto qualidade, mas exigindo também uma produção cada vez mais sustentável e com rastreabilidade. Com isso, os cafeicultores eles têm buscado cada vez mais práticas que contribuem com o meio ambiente e ações voltadas à responsabilidade social.
Desde já, os princípios de uma cafeicultura sustentável são custos externos e impactos indesejáveis cada vez mais minimizados, ciclo de nutrientes balanceados e perdas minimizadas.
Além de conservação do solo e água, diversidade biológica reforçada, monitoramento de pragas e doenças. E sempre levando em conta o viés social, com o desafio de manter altas produtividades e qualidade.
Tecnologias
Com isso, tecnologias têm auxiliado os cafeicultores a trabalharem a sustentabilidade dentro da propriedade. Dentre elas, a irrigação, que permite aos cafeicultores produzirem mais em uma mesma área, sem necessidade de expansão agrícola.
Além da possibilidade de realizar aplicações de fertilizantes e produtos para proteção de cultivo via sistema de irrigação. Sendo uma prática rentável e benéfica para o meio ambiente.
Irrigação
Por exemplo, um estudo de caso de uma fazenda localizada na Alta Mogiana, no município de Pedregulho (SP), que utiliza a tecnologia de irrigação localizada, passou de 30 sacas/hectare do sequeiro para 62 sacas/ hectare no primeiro ano de produção.
E utiliza o sistema para aplicação de fertilizantes e proteção de cultivo. Proporcionando operações mais assertivas, sem depender de clima e inseguranças operacionais, assim tendo um maior aproveitamento dos fertilizantes.
Ademais, na Fazenda, antes da instalação do sistema de irrigação localizada, eram realizadas quatro aplicações convencionais de fertilizantes. Com rendimento de 5 hectares/hora/máquina, 400 litros de diesel, salário do operador, gerando um custo operacional de R$25 mil.
Gastos operacionais
Já com o sistema de irrigação localizada, foi possível reduzir 40% dos gastos operacionais, sendo investidos apenas o salário do operador de irrigação e energia elétrica. Outro benefício foi a redução das entradas de maquinários na área, reduzindo a compactação e emissão de carbono pela atmosfera.
Além disso, foi possível o maior parcelamento do plano de adubação, que passou de quatro parcelamentos do convencional para 24 parcelamentos no fertirrigado.
Aplicação de nutrientes
Ou seja, a aplicação de nutrientes de forma pontual é muito benéfica para produção de cafés de qualidade superior. Na fazenda, os resultados foram grãos mais graúdos e com incremento de qualidade, e lotes com café 87 pontos e 23 % peneiras 18 acima.
Inclusive, a Fazenda utiliza o monitoramento da irrigação com uso de sensores, como o tensiômetro, o que traz a acurácia na medição, mostrando o que realmente o solo possui de água disponível para as plantas. Com o monitoramento e uso dos sensores, a fazenda reduziu 70% dos custos de água e energia no ano safra 21/22, comparado com o ano anterior.
Portanto, a irrigação é uma tecnologia que, além de aumentar significativamente a produtividade e reduzir custos, é uma grande aliada a cafeicultores que visam uma cafeicultura mais sustentável, sempre buscando um manejo mais assertivo.
Sobre a Netafim
Fundada em um pequeno kibbutz em Israel há mais de 50 anos, a Netafim é pioneira e líder mundial em soluções para irrigação.
Com atuação em mais de 110 países, chegou ao Brasil na década de 1990, com um portfólio completo de produtos e soluções inovadoras de irrigação por gotejamento. Que visam contribuir com o eficiente uso da água, aumentando a produtividade na agricultura e trazendo mais tranquilidade ao produtor rural.