Capital paulista tem o maior cafezal urbano do mundo
Situada nos arredores do Parque Ibirapuera, em São Paulo, sede do Instituto Biológico abriga lavoura aberta à visitação pública
Quem passa pela região do Parque Ibirapuera, na zona Sul de São Paulo, talvez não imagine que, em meio a avenidas e prédios, há uma lavoura que é considerada o maior cafezal urbano do mundo. Desde já, a plantação fica em uma área na sede do Instituto Biológico (IB), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado.
Antes de mais nada, a lavoura ocupa uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados. Além disso, o público que deseja conhecer de perto uma plantação de café e a sua história pode visitar o local.
Totalmente orgânico, pois, o cafezal também apresenta aos visitantes os princípios das boas práticas agrícolas, sustentabilidade e agricultura regenerativa.
História
Acima de tudo, plantaram as primeiras mudas em meados da década de 1950. Desde já, com o objetivo de servir à pesquisa científica na área e preservar a memória histórica do instituto.
Criado em 1927, portanto, o órgão surgiu para oferecer soluções para o controle de pragas nas lavouras do estado. E, assim, contribuir para o desenvolvimento de um dos principais setores econômicos de São Paulo.
“O café está na entidade como uma memória à sua criação. O instituto foi criado para resolver o problema da broca-do-café, um tipo de inseto que se insere no interior do grão. Então, é por isso que a gente tem aqui o cafezal: para preservar essa memória”, explica a pesquisadora científica do Instituto Biológico, Harumi Hojo.
Divulgação da cafeicultura
Desde então, a plantação tem sido um instrumento de divulgação da cafeicultura, técnicas sustentáveis no manejo e educação ambiental. Além da promoção de uma vivência única de visitação a uma cultura de café em área urbana.
“As pessoas vêm aqui conhecer, fazer essa vivência. E quando vêm conhecer o cafezal, já passam também a conhecer o Instituto Biológico, que desenvolve pesquisas em várias áreas”, completa Harumi.
Maior cafezal urbano
Atualmente, a plantação possui cerca de mil pés de café das variedades Mundo Novo e Catuaí. E outros 1,5 mil pés de seis variedades desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que também é ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Nesse sentido, a última colheita rendeu lotes de alto padrão de qualidade.
Ao longo dos anos, diversas práticas agrícolas sustentáveis são testadas no cafezal. Como o aproveitamento da matéria orgânica da cultura, o uso de biofertilizantes e outros bioprodutos para o controle de pragas e doenças.
“A ideia foi transformar em um cafezal orgânico. Então, a gente foi buscando alternativas de como conduzir isso, por meio de controle biológico e sem usos de defensivos”, afirma a pesquisadora.
Práticas sustentáveis
Dessa forma, os pesquisadores diversificaram essas práticas sustentáveis a partir de 2020, através de uma parceria com a Nestlé.
“O desafio era fazer uma renovação do cafezal. Para isso, a gente plantou outras variedades de café”, destaca Harumi.
Portanto, entre as novas ações, está também um levantamento da presença de polinizadores no cafezal. O aumento é decorrente tanto das práticas de manejo no cafezal e também no entorno, com o plantio de plantas atrativas para insetos que dispersam pólen.
Além disso, o entorno das plantações também abriga caixas com abelhas sem ferrão.
Educação ambiental
Primordialmente, as práticas sustentáveis do cafezal criam um ambiente favorável à educação ambiental da população.
Em outras palavras, as visitas são liberadas para grupos de até 30 pessoas. Por fim, os interessados devem agendar a visita pelo e-mail cafezalurbanoib@biologico.sp.gov.br.
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