UFLA desenvolve pesquisa para deixar café mais resistente ao frio
Estudo utiliza selênio para blindar planta e proteger contra geadas e baixas temperaturas
A Universidade Federal de Lavras desenvolveu uma pesquisa para deixar o café mais resistente ao frio. As geadas são, pois, uma das grandes preocupações dos cafeicultores. O estudo conta com a parceria da Universidade da Califórnia em Davis (UC-Davis).
Assim, os pesquisadores têm testado o uso do selênio (Se). Trata-se, pois, de um elemento já utilizado em outras culturas como parte da biofortificação agronômica. Visando combater a deficiência nutricional em humanos, conhecida como fome oculta. No café, os estudos envolvendo o selênio ainda são incipientes.
Café mais resistente ao frio
O trabalho busca, portanto, a melhor técnica de inserir o selênio na planta. O estudo faz parte da tese de doutorado do aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPCS) Gustavo Ferreira de Sousa, com o título “Efeitos do fornecimento de selênio no sistema antioxidante, crescimento das plantas e tolerância a estresses ambientais”.
Conforme explica o doutorando, as plantas precisam de determinadas quantidades de água, luz e temperatura para se desenvolverem. Quando esses fatores ambientais estão em condições extremas, seja pela baixa ou alta quantidade (seca, geadas), ocorre um estresse na planta. Assim, desencadeia respostas fisiológicas, reduzindo o desenvolvimento e prejudicando a produtividade.
“Entre as alternativas de combate a essas respostas fisiológicas negativas está a nutrição mineral. Inserimos determinados nutrientes ou elementos benéficos, que vão desempenhar funções específicas dentro da planta, e podemos manejar a concentração, a forma, e desenvolver técnicas que vão mitigar esses efeitos negativos do estresse”, afirma.
Confira mais detalhes deste estudo aqui.