Agronegócio foi responsável pela criação de 359,6 mil empregos formais nos últimos três anos, segundo estudo do FGVAgro

Agronegócio foi responsável pela criação de 359,6 mil empregos formais nos últimos três anos, segundo estudo do FGVAgro

Levantamento da FGVAgro mostra que em 2022, o mercado de trabalho do agro atingiu a maior taxa de formalidade desde o início da série histórica, em 2016

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Entre 2019 e 2022, apesar de todas as turbulências vivenciadas (pandemia de covid-19, quebra de safra, guerra na Ucrânia) pela economia brasileira, o universo agro (aqui compreendido como agropecuária e agroindústria) registrou um desempenho positivo. E bem acima dos demais setores econômicos nacionais.

Em números: nesse período, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), acumulou alta de 29,2%.

A Agroindústria, por sua vez, não chegou a registrar crescimento, porém, manteve-se estável (0%), ao contrário da Indústria Geral, que contraiu 1,4%, de acordo com os dados do Índice de Produção Agroindústrial (PIMAgro), do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro).  O desempenho da produção gerou reflexos positivos e expressivos no mercado de trabalho associado ao universo agro.

Agronegócio em números

No Brasil, em 2019, o setor agro concentrava 13,62 milhões de pessoas ocupadas. Três anos depois, em 2022, o setor alcançou 13,96 milhões de postos de trabalho.

Ou seja, foram criadas 344,15 mil novas ocupações, uma expansão de 2,5%, superando o nível de pessoal ocupado antes da pandemia de covid-19. Os dados são do estudo do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGVAgro), com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).

De acordo com Felippe Serigati, coordenador do estudo e pesquisador do FGVAgro, a forte e estrutural expansão e desenvolvimento do universo agro brasileiro tem claros reflexos sobre o mercado de trabalho do setor.

“Um dos aspectos é justamente a intensa incorporação de profissionais formais, com maior qualificação e que acessam remunerações mais elevadas. O presente estudo trata precisamente do acelerado processo de formalização da população ocupada associada ao setor. E faz parte de novo um monitoramento trimestral e contínuo do FGVAgro a respeito do mercado de trabalho do universo agro. Esse monitoramento dialoga integralmente com as demais informações do IBGE (fonte original dos dados — PNAD Contínua), bem como com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), também do FGVAgro”, explica.

Formalização

O levantamento revela ainda que o setor registrou uma forte substituição de trabalhadores informais por profissionais formalizados. Tendo, assim, direitos trabalhistas, maior estabilidade e melhores remunerações. Desse modo, enquanto foram gerados 359,62 mil postos de trabalho formais, foram destruídas 15,47 mil vagas informais.

A expansão acumulada de 2,5% da população ocupada no universo agro, entre 2019 e 2022, decorreu do crescimento dos ocupados nos dois principais segmentos do setor: 2,8% na Agropecuária e 2,1% na Agroindústria.

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