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CEO da GCS Capital

Agro Wealth Management dá o tom do empresário do agronegócio

Segmento traz diversas possibilidades para gerir o patrimônio de maneira mais inteligente

A safra 2023 no Brasil está prestes a começar e, com isso, a geração de receita no agronegócio se aquece com a comercialização da produção. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está previsto um avanço de 10,9% no PIB do setor para este ano. Isso na comparação com 2022. Essa informação, associada à projeção do World Wealth Report, da consultoria Capgemini, que coloca o agronegócio como uma das 10 áreas que mais vão gerar milionários na próxima década, traz a uma necessidade latente para o empresário do agro. De gerir, pois, o seu patrimônio de maneira mais inteligente, se a proposta for se manter nesse grupo. E o motivo é simples quando o cenário é o Brasil.

Empresário do agro

O setor, principalmente o médio empresário do agro, tem enormes desafios. Que envolvem a produção sustentável de alimentos e o crescimento populacional, que se deparam com uma carga tributária altíssima. Além de poucas oportunidades de crédito e conhecimentos ainda limitados sobre uma gestão inteligente de patrimônio. A qual é conhecida no mercado financeiro como “wealth management”.

Diante disso, não cuidar de maneira otimizada da sua riqueza, utilizando estratégias sofisticadas do mercado financeiro, pode levar esse empresário a dois caminhos: alto nível de endividamento ou mesmo a quebra da empresa.

E, em ambos, o entendimento é simples: o que leva a uma saudabilidade das operações financeiras é a gestão de receitas e despesas, aliada a investimentos inteligentes. Isso para garantir o reinvestimento na empresa já pensando na próxima safra. Ou seja, isso envolve insumos, equipamentos, mão de obra e tecnologias. Quando isso não ocorre, a consequência normalmente é trágica.

Nova terminologia

Ainda não é comum especialistas da área financeira no agronegócio, mas esse mercado vem se aquecendo e com ele surge uma nova terminologia: o Agro Wealth Management. Nos últimos meses, a busca por ajuda por empresários do setor tem crescido em média 20% na GCS Capital, onde temos uma área dedicada ao segmento.

Mas, afinal, para o empresário do agro que todo ano sofre com as inconstâncias climáticas, oscilações das commodities e taxas de juros altas, como o Agro Wealth pode ajudar? Essa pergunta vem sendo cada vez mais recorrente no segmento.

Entre diversas possibilidades, uma delas é o planejamento financeiro. Desenvolver um plano financeiro abrangente, que considere as particularidades do setor é fundamental. Isto é, avaliar fluxos de caixa sazonais, planejar investimento em expansão ou atualizar instalações e gerenciar dívidas e financiamentos são algumas das possibilidades.

Gestão de riscos

Outro ponto de suma importância é a gestão de riscos. O setor está sujeito à flutuação nos preços das commodities, desastres naturais, oscilações climáticas e regulamentações governamentais. Nesse sentido, ter planos de contingenciamento desses riscos traz segurança. E as ferramentas podem ser: diversificação de investimentos, uso de contratos futuros para commodities, obtenção de seguros agrícolas e gestão de patrimônio profissional.

Ainda assim, lidar bem com a alta carga tributária pode economizar muito dinheiro. Questões fiscais complexas orbitam o agro e otimizar a situação tributária do empresário, identificando estratégias para minimizar a o impacto dos tributos, aproveitar benefícios fiscais e garantir a conformidade com as leis traz benefícios substanciais.

Investimentos

Além disso, não se pode esquecer dos investimentos. Tomar a decisão certa sobre em quais ativos investir fora da atividade agrícola traz segurança adicional.

Dessa forma, existem ações, títulos, fundos de investimento ou imóveis, os quais geram retornos consistentes e equilibram os riscos.

Ademais, avaliar oportunidades de investimento no próprio setor como FIAGRO’s e CRA’s. Além de projetos de expansão vertical e horizontal, fusões, arrendamentos, aquisições ou investimentos em tecnologia complementam essa visão, “um olhar da porteira pra dentro e da porteira pra fora de forma sinérgica”.

Com a mudança de mentalidade cada vez maior do empresário middle market do agro, portanto, não é surpresa se muitos deles, até então desconhecidos, começarem a despontar como grandes players do mercado.


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