Epamig quer transformar a cafeicultura em Minas Gerais
Por meio de projeto, Empresa quer avaliar o desempenho de novas cultivares de café em propriedades de norte a sul do estado
A Epamig anunciou que vai avaliar o desempenho de novas cultivares de café em propriedades localizadas em todas as regiões do estado de Minas. Isso vai acontecer por meio de um projeto em parceria com a Embrapa Café, a Empresa e Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais.
Assim, o objetivo é colocar a cafeicultura mineira em patamares ainda mais elevados.
Portanto, daqui a quatro anos, ao fim da primeira etapa do projeto, os primeiros resultados devem ser observados.
Desta forma, haverá indicativos das melhores cultivares em cada região, para que assim, Minas produza cafés ainda mais saborosos e sustentáveis.
Epamig e cafeicultura
De acordo com o Diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula, as pesquisas com culturas perenes, como o café, têm suas características, principalmente no que se refere à adoção de novas cultivares pelos produtores.
“Nas últimas décadas, os cafezais mineiros têm sido implantados especialmente com Catuaí e Mundo Novo. As cultivares são produtivas, mas suscetíveis à ferrugem e aos nematoides. Além de já superadas pelos avanços de melhoramento genético dos últimos 20 anos”, declarou.
Ainda segundo de Paula, a estratégia de demonstrar nas propriedades, com os produtores, o potencial de cultivares de café mais resistentes a pragas e doenças, altamente produtivas e com qualidade de bebida reconhecida nos principais concursos nacionais e internacionais, “marca o início de uma nova era para a cafeicultura mineira”, destacou.
Ainda de acordo com a notícia publicada pela Epamig, as ações integradas do Consórcio Pesquisa Café resultaram em trabalho de melhoramento genético do cafeeiro.
De acordo com o chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Omar Rocha, a cafeicultura está cada vez mais sustentável. Bem mais responsável no uso de insumos.
“As vantagens de optar por cultivares provenientes desse esforço nacional de melhoramento genético são enormes. Dentre as quais, a obtenção de materiais com alta qualidade de bebida, resistências múltiplas a pragas e doenças, mais tolerância ao déficit hídrico e a altas temperaturas”, afirma Omar.
As etapas do projeto
A proposta do projeto, feito por meio de uma parceria com 41 produtores mineiros, é apresentar a eles as novas cultivares de café mais resistentes, produtivas e com alta qualidade de bebida.
Ao todo, 43 propriedades se tornarão unidades demonstrativas e realização os plantios. Isso nos municípios mineiros do Sul, Sudoeste, Oeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Norte, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
A condução das unidades demonstrativas contará com a participação direta dos produtores em todas as fases do processo. Dessa forma, para se obter dados seguros e satisfatórios, a equipe coordenadora planeja realizar, no mínimo, duas colheitas de café. Isso configura a primeira etapa do projeto.
Em 2022, será feito o acompanhamento do comportamento inicial das plantas em todas as propriedades.
Já em 2023, em setembro ou outubro, a expectativa é que os cafeeiros tenham as primeiras floradas.
Produtores engajados
A escolha dos produtores que vão participar do projeto foi feita por intermédio de empresas parceiras, cooperativas e associações de cafeicultores.
De acordo com o Gerente do Departamento Técnico da Cooxupé, Mário Ferraz, a seleção de produtores cooperados se baseou no perfil de cada um deles.
Mário conta, ainda, que sobretudo os produtores mais receptivos a novas tecnologias e dispostos a colaborar com pesquisas agropecuárias tiveram prioridade.
“A nossa expectativa com relação ao projeto é que ele sirva como guia para indicações de novas cultivares, com o objetivo de recuperar cafezais da região ou iniciar novos plantios. Entendemos que esse trabalho é necessário pois a adaptação de cada cultivar varia de uma região para outra”, disse.
Ainda segundo Mário, o projeto espera maior desempenho produtivo das novas cultivares avaliadas. “E que elas sejam, de fato, mais resistentes a doenças e pragas, principalmente à ferrugem do cafeeiro”, pontua.
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