Epamig monitora cafeeiros com drones, sensores e satélites

Epamig monitora cafeeiros com drones, sensores e satélites

Pesquisa desenvolve soluções inovadoras para inspecionar condições climáticas e conviver com a seca

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) tem desenvolvido um trabalho amplo para auxiliar produtores de café a detectarem, remotamente e com exatidão, quais áreas de suas lavouras apresentam déficit hídrico e que necessitam de manejo diferenciado. Antecipadamente, a pesquisa monitora cafeeiros com drones, sensores e imagens de satélite.

Antes de mais nada, o nome do projeto é “Monitoramento espectral para estimativa das condições hídricas de áreas cafeeiras”. A pesquisa se divide em cinco subprojetos, teve início em 2020 e vem trazendo inovações para o acompanhamento remoto de propriedades rurais.

Atualmente, os pesquisadores conduzem o projeto em áreas cafeeiras nos municípios mineiros de São Sebastião do Paraíso e Três Pontas. E quem financia o programa é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Café – Consórcio Pesquisa Café.

Monitora cafeeiros

Primeiramente, a pesquisa tem associado índices de reflectância à saúde de plantas de café nas lavouras.

Ou seja, quando o sol emite energia e radiação solar, uma parte é a planta absorve para realizar a fotossíntese. Outra é emitida em forma de fluorescência e uma última parte o vegetal reflete.

O índice de reflectância é determinado por essa parcela refletida. Uma planta mais saudável e bem hidratada absorve mais energia para a fotossíntese e, consequentemente, reflete menos essa energia.

Portanto, drones e satélites monitoram as áreas da superfície terrestre e registram imagens espectrais dessa energia refletida. Além disso, geram dados que são correlacionados com o potencial hídrico das plantas, cuja variação é determinada por imagens de cores diferentes.

Dados

Pesquisadora operando Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS). Foto: Margarete Volpato

Acima de tudo, a Epamig realiza monitoramentos de áreas agrícolas via imagens de satélite desde o início dos anos 2000.

Mas, este é o primeiro trabalho que integra esses dados, de nível orbital, com aqueles gerados em nível de folha, por sensores usados diretamente em campo. E em nível dossel, por meio de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), popularmente chamados de “drones”.

Nesse sentido, os dados espectrais (que são aqueles gerados pela medição da reflectância de cores nas plantas) obtidos nesses três níveis (orbital, dossel e de folha) estão sendo computados. E combinados por meio de Inteligência Artificial e técnicas de estatística multivariada. Para que os pesquisadores possam estabelecer modelos matemáticos ideais para medir as condições hídricas de cafeeiros.

Aplicativo

Além disso, a equipe também objetiva aprimorar o aplicativo de celular “Regador”. Em outras palavras, o software avalia o status hídrico de plantas de café com imagens espectrais de satélite e que se encontram em fase de aprimoramento. Ou seja, o aplicativo monitora cafeeiros.

As informações geradas pelo programa vão auxiliar os produtores de café a ajustarem o manejo de suas lavouras em casos de déficit hídrico, alterando a irrigação, escolha do espaçamento e variedades dos cafeeiros, dentre outras ações.

“Os dados também vão auxiliar o produtor a se precaver contra doenças e pragas, pois ele saberá, com precisão, quais talhões estão mais vulneráveis. Além disso, a integração do monitoramento remoto ao trabalho de campo reduz o tempo da análise das condições hídricas das plantas”, complementa a pesquisadora da Epamig Sul, Margarete Volpato.

Para ter mais informações da pesquisa que monitora cafeeiros, clique aqui.


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