“Viagem ao Cerrado”: uma imersão na sustentabilidade

“Viagem ao Cerrado”: uma imersão na sustentabilidade

Em homenagem ao Dia Internacional da Água, Consórcio Cerrado das Águas (CCA) promoveu evento com demonstrações práticas do programa

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Entre os dias 21 e 23 de março, o Consórcio Cerrado das Águas (CCA) realizou o evento “Viagem ao Cerrado”. Criado, inicialmente, em homenagem ao Dia Internacional da Água, o programa abordou práticas de agricultura inteligente para o clima, com foco na região do Cerrado Mineiro. Esse trabalho foi implantado pelo Programa de Investimento no Produtor Consciente – PIPC.

Viagem ao Cerrado

O Consórcio Cerrado das Águas (CCA) é uma plataforma colaborativa. Que, a princípio, inclui vários setores como empresas, governo e a sociedade civil. Seu objetivo, logo, é agregar esforços para a preservação e conservação ambiental, a fim de combater as mudanças climáticas.

Já o Programa de Investimento no Produtor Consciente (PIPC) oferece aos produtores das bacias de atuação, serviços especializados para o desenvolvimento ambiental das suas propriedades. E atua, pois, em três frentes: restauração, práticas agrícolas climaticamente inteligentes e gestão eficiente de recursos hídricos.

Área de atuação

Como o nome sugere, o programa tem atuação no Cerrado que é conhecido como Berço das Águas. Esse bioma, em síntese, é responsável pelo abastecimento de três grandes aquíferos subterrâneos: Bambuí, Urucuia e Guarani. Sobretudo, eles alimentam grandes rios continentais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Piauí e Bahia, além do Distrito Federal.

O programa teve início em 2019 com um projeto piloto na bacia do Córrego Feio, em Patrocínio/MG. Tendo, dessa forma, resultados significativos para a qualidade e quantidade de água na região. Em 2021, o PIPC foi expandido para Serra do Salitre e Coromandel alcançando, ao todo, 103 propriedades.

Resultados na prática

Durante os três dias de evento foram abordadas as diversas estratégias sustentáveis promovidas pelo programa em fazendas parceiras. Assim, foi possível constatar os resultados práticos em lavouras e na vegetação nativa que beneficiaram a produção de água, dentre elas:

• Plantio de mix de plantas de cobertura. Além de trazer benefícios para a qualidade do solo e ao café, permite maior infiltração de água para abastecimento dos mananciais subterrâneos;
• Utilização de biológicos evitando, desse modo, o uso de produtos químicos que impactam o solo e a água;
• Recomposição de áreas degradadas. Pois aumentam a infiltração de água e influenciam, enfim, no abastecimento dos mananciais subterrâneos;
• Restauração de nascentes e Áreas de Preservação Permanente (APP): maior disponibilidade de água inclusive em períodos de estiagem;
• Sistema Agroflorestal (SAF): as espécies plantadas permitem a atração de inimigos naturais de pragas que prejudicam o cafeeiro. Como, por exemplo, a Broca e o Bicho Mineiro;
• Implantação de apiário nas linhas do café. Com polinização e consequente aumento da produtividade das lavouras;
• Manejo de café orgânico; dentre outras.

Propósito

“Poder fazer parte da Plataforma Colaborativa Consórcio Cerrado das Águas (CCA) vem ao encontro com o nosso propósito de praticar a sustentabilidade nas mais diversas áreas. Não medindo esforços para que o conjunto tome força. E, assim, avance nos mais diversos parâmetros da cadeia produtiva cafeeira”, avaliou Gilvania Bedim, engenheira agrônoma e representante da Cooxupé no CCA.

Fabiane Sebaio, secretária executiva do CCA, também elogiou o caráter sustentável da ação. “A Cooxupé, instituição fundadora do CCA, atua dentro da plataforma ativamente, mobilizando produtores e procurando por novas parcerias e oportunidades. Sempre em busca de possibilidades para que consigamos, por meio da colaboração e esforço conjunto, alcançar a resiliência climática na região”, concluiu.